Curaçao oferece o melhor do Caribe sem furacões

Adobe Stock: Curaçao – Tilo Grellmann

Temperada com costumes holandeses, que podem ser apreciados tanto na arquitetura quanto na cultura popular, Curaçao vive em constante clima de festa. A vida noturna nos bares, danceterias, cassinos e hotéis de luxo se assemelha à da vizinha famosa, Aruba, que quase sempre faz parte do roteiro de quem visita a região. Por isso, vale a pena planejar uma viagem para lá.

Os atrativos começam na origem do seu nome (que significa “arte de curar”), passam pelas lindas praias e alcançam o encantador universo subaquático que atrai mergulhadores de todas as partes do mundo. Isso sem falar nas noitadas regadas a drinques à base de Curaçao Blue.

Patrimônio Mundial da Unesco, a capital Willemstad é um dos melhores destinos de compras do Caribe, com zona franca. Não bastasse este atributo, a cidade ainda mescla um lindo casario típico colonial com praias de mar azul-esverdeado e céu de brigadeiro em praticamente todos os dias do ano.

Vale a pena também mergulhar em Superior Producer para ver de perto um cargueiro que afundou em 1978 e, na costa oeste, mergulhar em um recife artificial de carros antigos ou visitar as cavernas do Parque Cristoffel, que guardam pinturas dos primeiros habitantes da ilha.

Veja o que levar em consideração na hora de planejar uma viagem para Curaçao.

Adobe Stock: Panorama aéreo de Willemstad, na ilha de Curaçao – Mikolaj Niemczewski

Quando ir

Assim como a vizinha Aruba, Curaçao está fora da rota dos furacões (fenômeno que ocorre entre agosto e novembro no Caribe) e é ensolarada o ano todo, com temperaturas que variam entre 28 °C e 32 °C.

Portanto, não há época ruim para conhecer a ilha. Algumas chuvas e certa nebulosidade são mais frequentes nos meses de novembro e dezembro, mas o tempo ruim dura bem pouco e as nuvens logo dão lugar ao sol.

Adobe Stock: Ponte pantoon flutuante em Willemstad, Curaçao – Elvirkin

Adobe Stock: Praia em Curaçao – Dan Race

Idioma

O papiamentu (com “u” mesmo, já que é um pouco diferente do papiamento, falado em Aruba e em outros pontos do Caribe) é um dos quatro idiomas oficiais de Curaçao – ao lado do inglês, espanhol e holandês – e é falado pelos nativos com um sotaque cheio de “ginga”, em uma interessante mistura das três línguas principais, o português e dialetos africanos.

A influência da língua de Camões deixa algumas palavras praticamente iguais ao português, mas a fala é incompreensível. Mas pelo menos existe um termo em papiamentu fácil de aprender e abusar: dushi. Essa é a palavra mais simpática do idioma. Pode designar um local bacana, uma comida gostosa ou até uma pessoa muito atraente. Acompanhada de um sorriso, então, dushi abre muitas portas naquelas bandas.

Adobe Stock: Costa de Três Trapi Aruba – VisualProduction

Atrações diferentes

Em Curaçao, o bacana é curtir os passeios outdoor. O que leva à constatação de outra diferença em relação à Aruba: a ilha é muito maior (tem 444 km², contra apenas 180 km² da outra) e, além de 38 praias, oferece um atrativo que não há em sua vizinha famosa: o nado com golfinhos. Acrescente a isso parques ecológicos, aquários, trilhas, explorações subaquáticas, museus completos, e se tem um destino mais multifacetado do que se imagina.

Adobe Stock: Praias de Aruba – Monty Chandler

Willemstad

Apesar da riqueza natural, quem busca fotos de Curaçao na internet se depara, logo, com várias imagens de Willemstad, a simbólica e simpática capital da ilha. Não é para menos, já que um passeio por ali pode ser uma ótima maneira de começar a viagem pela região.

Adobe Stock: Panorama dos edifícios coloridos em Willemstad, Curaçao – AZahn

Mergulho

Uma vez na Praia de Kenepa, que ostenta uma das águas mais azuis do Caribe, aproveite para fazer snorkelling ao redor das pedras que se prolongam a partir das bordas da faixa de areia, onde é possível ver alguns peixes. Para os fãs da atividade, essa não é a melhor área de Curaçao, que tem outros grandes points para a prática de mergulho, mas mesmo assim é irresistível se lançar naquele mar de azul perfeito.

Adobe Stock: Kenepa, Curaçao – PhotoSerg

Klein Curaçao

A ilhota de Klein Curaçao (Pequena Curaçao) não é muito conhecida, nem está na maioria dos roteiros turísticos na ilha. O que não faz o menor sentido, já que ela é tão importante que está até na bandeira local. Sim, no emblema do país, a estrela menor representa a ilhota, enquanto a maior simboliza Curaçao.

O passeio até a mini-ilha é indicado para quem adora curtir praias e nada mais: um barco deixa os turistas nesse pedacinho de pedras vulcânicas – que é pequeno demais para ser habitado, e pode ser percorrido a pé – e retorna para buscá-los no fim do dia.

Adobe Stock: Antigo farol em Klein Curaçao – PhotoSerg

Gastronomia

Os pratos típicos de Curaçao são os peixes e frutos do mar preparados com os fortes temperos caribenhos e a criatividade europeia. Vale a pena conhecer o Marsche Bieuw (De Ruyterkade, Punda), mercado que reúne uma grande praça de alimentação com barraquinhas onde são vendidas especiarias típicas da ilha.

Adobe Stock: Gail Johnson

Adobe Stock: Gail Johnson

Compras

Nas lojas comuns do centro de Willemstad, a dica de lembrancinha fica por conta das miniaturas de casas coloridas e de lagartos decorativos de madeira, alguns pintados à mão e bem bonitos. Boa parte do comércio fica em Punda, onde se pode encontrar as principais marcas de vestuários e cosméticos do mundo.

Adobe Stock: edifícios coloridos ao longo da costa de Otrabanda e Punda em Willemstad, Curaçao – Russell