Como ir a Los Roques, um dos arquipélagos do Caribe mais próximos do Brasil – Voupranos

Como ir a Los Roques, um dos arquipélagos do Caribe mais próximos do Brasil

Adobe Stock: Los Roques, Caribe – ByDroneVideos

Adobe Stock: Grand Roque, Venezuela – Dmitriy_rnd

Quem planeja uma viagem para o arquipélago de Los Roques, que pertence à Venezuela, mas fica no Caribe, costuma ficar embasbacado diante das tonalidades do mar, ora azul com nuanças de verde, ora azul-claro como uma piscina. A razão está em uma feliz coincidência de fatores, mas deve-se principalmente à areia branquíssima e à ausência de rios e correntezas marinhas que pudessem levantar partículas em suspensão na água.

Tamanha transparência, claro, faz da região o sonho de dez entre dez mergulhadores. Afinal, a rica vida marinha completa magistralmente a experiência com uma centena de espécies de corais que servem de abrigo e maternidade para esponjas, peixes coloridos, lagostas, tartarugas, arraias e até tubarões.

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Quase toda a população vive na ilha de Gran Roque, a maior do arquipélago, onde estão o aeroporto e o minúsculo vilarejo, que pode ser facilmente percorrido em cinco minutos de caminhada. Lá, vale subir até o alto do morro do antigo farol, construído por holandeses em 1870, para observar a paisagem. Dá para avistar a vila inteira, a pista de aterrissagem e algumas ilhas próximas, como Francisquí e Madrisquí, onde estão as praias mais bonitas.

Veja o que mais levar em consideração na hora de planejar uma viagem para Los Roques, no Caribe.

Adobe Stock: Ilha Landscape, Los Roques – GARSPHOTO

Adobe Stock: Franciski, Los Roques – Gregori

Quando ir

Em Los Roques faz calor o ano inteiro, praticamente não chove e a região não é afetada por furacões. Em média, caem apenas de 15 a 20 temporais por ano na região, o que explica a vegetação rasteira e os cactos nas encostas dos rochedos.

É preciso muita má sorte para topar com um dia inteiro nublado em Los Roques, já que não há montanhas para reter as nuvens. Por isso, qualquer época do ano vale a viagem.

Adobe Stock: Los Roques, Venezuela – Nido Huebl

Adobe Stock: Los Roques, Caribe – Marconicouto

O que não pode faltar na mala

Repelente é artigo de primeira necessidade em Los Roques; ao entardecer os pernilongos surgem famintos. Protetor solar, e chapéu idem. Não deixe de colocá-los na mala. Em Los Roques não há vegetação com mais de dois palmos de altura.

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Terra de italianos

Os italianos se sentem em casa em Los Roques. Faz sentido: se bobear, fala-se mais italiano do que espanhol nessas praias. O mérito da “descoberta” das ilhas, antes frequentadas apenas por pescadores, é quase todo deles.

O tempero e o charme italianos se fazem presentes no bom gosto das pousadinhas, dos restaurantes e, em especial, dos pubs instalados na praia de Gran Roque, a única ilha habitada de fato. Ali ficam também a vila dos moradores, com serviços básicos, o píer, o aeroporto e o velho farol.

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Adobe Stock: Gran Roque, Venezuela – Giongi63

Mistura de culturas

Antes de os italianos dominarem Los Roques, índios vindos da Venezuela, de Curaçao e Aruba, marinheiros, piratas, pescadores e exploradores de várias nações passaram – e alguns se instalaram – por lá. A forma como o arquipélago foi povoado criou uma rica variedade cultural e um povo aberto, leve, generoso: os roqueños.

Na fase colonial, os ingleses não apenas se acomodaram muito bem como colaboraram para o batismo insólito das ilhas. Nordisquí, por exemplo, chamava-se Northeast Cay; Celuisquí era St. Luis Cay; Sails Cay virou Selesquí… Esses nomes engraçados são o resultado de adaptações linguísticas: os pescadores simplesmente “espanholaram” o inglês.

Dinheiro em espécie

Nem todos os hotéis e restaurantes de Los Roques aceitam cartão de crédito. Em alguns caixas eletrônicos dá para sacar dinheiro pela rede Visa, mas o valor será compensado na sua conta em dólar pelo câmbio oficial. É melhor, portanto, levar dinheiro em espécie para o arquipélago. A moeda oficial é o bolívar venezuelano, mas dólares e euros em geral são aceitos.

Mergulho

Los Roques é um paraíso para mergulhadores. As águas abrigadas e mornas, com temperatura em torno de 25º C, favorecem a proliferação de centenas de espécies de corais e toda a biologia marinha que depende delas. Sem contar tartarugas, arraias e até o lendário tubarão-baleia, que já foi visto diversas vezes rondando as ilhas.

As condições de mergulho são muito boas durante o ano todo, já que praticamente não chove na região. A visibilidade varia entre 20 metros e 40 metros. São 12 pontos de mergulho utilizados pelos instrutores de mergulho locais. Os mais conhecidos são: La Guasa, no costão da Ilha de Gran Roque; Boca de Cote, na chamada Barreira Sul; e Sebastopol, na Barreira Leste, em um trecho de mar mais sujeito a correntezas e com grandes cardumes e animais de passagem.

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Adobe Stock: Los Roques – GARSPHOTO

Ilhas famosas

Além de Gran Roque, conheça outras ilhas que valem a visita em Los Roques:

– Cayo de Água – É a mais distante de Gran Roque, a 50 minutos de lancha. Para muitos, é lá que se encontram as mais belas praias do arquipélago.

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– Dos Mosquises – Nessa ilha funciona, desde 1960, um centro de pesquisa que estuda as comunidades biológicas coralíneas e um projeto para proteção das tartarugas marinhas. Os turistas podem ver os tanques onde os filhotes crescem antes de serem soltos.

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– Francisquí – Conjunto de três ilhas próximas a Gran Roque, a dez minutos de lancha. A ilha principal tem uma laguna com bordas coralíneas e 5 metros de profundidade. É um bom local para snorkelling.

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– Madrisquí – Na parte norte, uma lagoa oferece boa oportunidade para mergulhar com snorkel. Dá para ir caminhando por um pequeno istmo de areia até a vizinha ilha de Cayo Pirato, onde há ranchos de pescadores de lagosta.

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– Noronquí – Esta ilha deserta, distante 30 minutos de Los Roques, é uma das mais tranquilas e oferece bom mergulho de snorkelling, com grandes chances de ver tartarugas.

Adobe Stock: Los Roques, Venezuela – GARSPHOTO

Publicado em: 26/05/2023
Atualizada em: 26/05/2023
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