Caraguatatuba tem clima de verão o ano inteiro

Adobe Stock: Praia de Tabatinga, São Paulo – Miglagoa
Em Caraguatatuba, temporada é um termo relativo. A cidade, cujas atrações podem ser admiradas desde a Rodovia dos Tamoios – estrada que liga o Vale do Paraíba ao litoral norte de São Paulo –, de onde é possível ver a beleza de seu litoral cheio de reentrâncias, não vive apenas do verão. É claro que, sob o sol forte dos meses entre dezembro e fevereiro, suas praias ficam mais lotadas.

Adobe Stock: Litoral de São Paulo – Art By Pixel
Mas o fato é que Caraguá (como é mais conhecida) mantém um bom movimento o ano todo, mesmo durante o inverno. Afinal, o turismo de negócios é forte na região, que conta com uma grande base da Petrobrás. E tudo isso apenas contribui para oferecer boa infraestrutura a quem viaja a lazer, que encontra por lá um município praiano com avenidas e repleto de bares, restaurantes e lojas que ficam abertos o ano inteiro.
Praias
No que se refere às praias, há uma divisão nítida de características entre as regiões em que elas estão na cidade. As mais centrais e situadas ao sul, por exemplo, têm faixas de areia cercadas por um bom número de quiosques e são perfeitas para corridas e caminhadas – mas nem tanto para banho, com exceção da escondida, acessível por caminhada no Morro da Pedreira.
É ao norte, porém, que estão as praias mais bonitas e convidativas – principalmente para o surfe ou para relaxar na areia, já que muitas delas são banhadas por águas turbulentas. A primeira é a cênica Prainha, com mar verde e sombra das árvores, mas águas não muito limpas no verão por causa da proximidade com o centro.

Adobe Stock: Praia Martim de Sá, São Paulo – Ronny
É a partir da Praia de Martim de Sá, porém, que Caraguá vira outra. Isso porque a faixa de areia mais badalada da cidade reúne tribos de jovens, com paquera rolando solta e uma deliciosa ciclovia. Seguindo a trilha, a Praia Brava, ao lado de Martim de Sá, faz jus ao nome e só atrai quem já tem algum tempo de prancha. Bem mais light é a região da Lagoa Azul, formada pelas águas do Rio Jetuba junto à Praia de Capricórnio, que vale a visita em dias de menor movimento.

Adobe Stock: Praia Martim de Sá, São Paulo – Ronny
Estrelas do litoral
Quem segue rumo as áreas mais distantes do centro encontra Massaguaçu, uma faixa de areia grande e urbanizada, pontuada por um trecho selvagem e vazio no final, acessível apenas por ruelas entre as casas. Está entre as melhores praias da cidade.
Mais adiante aparece Cocanha, que fica entre dois rios. Diferentemente das vizinhas, tem mar calmo, perfeito para ir com as crianças. É nessa praia que fica a maior fazenda de mexilhões do litoral paulista, que pode ser visitada com o auxílio de pescadores que ficam no local e atuam como guias.

Adobe Stock: Praia da Cocanha, São Paulo – Gustavofrazao
A praia seguinte, Mococa, é enfeitada por uma ilha perfeita para mergulho e com águas calmas para se banhar em família. Mas nenhum trecho do litoral chama tanto a atenção em Caraguá do que Tabatinga, a última no sentido norte e grande estrela do pedaço. Logo no início, ele é preservada – mas não fechada – por um condomínio e tem águas bem tranquilas. Seguindo pela areia, depois do Rio Tabatinga, há um grande movimento de lanchas, iates e jet skis, tornando o banho um pouco mais complicado, mas não impossível.

Adobe Stock: Praia da Tabatinga, Caraguatatuba – Gustavofrazao
Mirantes
A famosa vista do alto de Caraguá não se restringe apenas aos (perigosos) mirantes da Rodovia dos Tamoios, acessados por quem segue do interior de São Paulo rumo ao litoral. Do Morro de Santo Antônio, com 325 metros de altura, é possível observar não apenas a cidade em detalhes como uma boa parte de Ilhabela e o norte de São Sebastião.
Dá para subir de carro – apenas 18 automóveis por vez, mas muitas pessoas preferem ir a pé. Depois, dá para descer de parapente, se você tiver coragem.

Adobe Stock: Caraguatatuba, São Paulo – Luciano Ribeiro
Mundo verde
Na área da Mata Atlântica, em Caraguatatuba pode-se visitar parte do Parque Estadual da Serra do Mar. São 80 hectares de preservação e três trilhas principais abertas aos visitantes. Uma delas dá acesso a uma piscina natural com uma pequena queda-d’água (Trilha do Jequitibá) que pode ser feita também à noite, quando o grande barato é observar os hábitos noturnos de alguns animais, como corujas e tatus.

Adobe Stock: Parque Estadual Serra do Mar, São Paulo – Emanuel
Outra, a Trilha dos Tropeiros, tem duração de cinco horas. A mais bonita, no entanto, é a Trilha do Poção, que vai até a Cachoeira da Pedra Redonda, uma queda de seis metros de altura cercada por riachos. As caminhadas são acompanhadas por guias e devem ser agendadas antecipadamente. A entrada do núcleo fica no quilômetro 80 da Rodovia dos Tamoios, antes da chegada à cidade. Não se esqueça de levar tênis adequados e acessórios como chapéu, protetor solar, óculos escuros e repelente.

Adobe Stock: Morro de Santo Antônio, São Paulo – AngeloFellipe
Atualizada em: 03/02/2025