Onde ver a Aurora Boreal no Canadá
Entre setembro e abril, a cidade canadense de Whitehorse, bem perto da fronteira com o Alasca, exibe frequentemente luzes riscando o céu estrelado. É a época da aurora boreal, ou northern lights, as luzes do norte, como eles chamam por lá o mais impressionante fenômeno celeste do planeta.
Turistas vêm de longe para testemunhar o fenômeno também. Encaram longos voos com conexões, frio congelante e vigílias madrugada adentro, à beira das fogueiras e com canecas de café, nos acampamentos afastados da cidade.
A aurora boreal é quase constante nas noites frias de inverno das altas latitudes do Hemisfério Norte, principalmente na região do Alasca e do noroeste canadense, onde está plantada a pequena Whitehorse.
Ali, na ponta do continente, é que as mais intensas incursões do fenômeno fustigam o campo magnético da Terra e criam cenários dignos de outro mundo.
A ciência já explicou a mágica: as luzes da aurora são provocadas por gases eletrizados despejados no espaço interplanetário pelo Sol que, ao entrar em contato com a atmosfera da Terra, provocam o fenômeno da luminescência, parecido com o de uma lâmpada de néon.
Temperatura
Whitehorse surgiu como um ponto de passagem para os que vinham do Alasca rumo a Dawson City. O velho vapor usado pelos garimpeiros para transporte de mercadorias está ancorado no píer e serve como registro daquela época.
Mas a cidade canadense permaneceria em estágio embrionário de isolamento, acessível apenas por barcos, até a Segunda Guerra Mundial. O cenário mudou apenas com a construção de uma estrada asfaltada vinda de Fairbanks, no Alasca.
O inverno desta região do Canadá registra facilmente temperaturas em torno de 10 ºC ou até 20 ºC negativos. Por isso, é imprescindível contar com trajes especiais impermeáveis para a neve (casaco, calça, botas, gorro e luvas).
Passeios de dia
O dia curto em Whitehorse é reservado para passeios. Os mais conhecidos são em snowmobil, a moto de neve que leva a paisagens nevadas e lagos congelados, e em dog sledding, uma tranquila volta em um trenó puxado por cachorros.
O snowmobil, que muitos pensam ser apenas um rápido passeio bucólico, é uma das aventuras mais divertidas do pedaço. Por cerca de quatro horas dirigindo uma moto de neve, percorre-se as paisagens nevadas por caminhos que alternam estradas largas com vista panorâmica para as montanhas e passagens estreitas no meio dos bosques.
No dog sledding, por sua vez, o simpático trenó puxado por huskies siberianos representa uma das formas mais antigas de transporte no noroeste canadense.
Vigília da aurora
Quando a noite cai, sobretudo em períodos de grande atividade auroreal, é possível ver as luzes no céu de Whitehorse de qualquer lugar em que se esteja na região, mesmo da varanda das casas dos moradores. A observação do fenômeno, porém, é facilitada quando se está fora da cidade, longe do raio de ação das luzes das ruas, e em locais mais abertos.
Há cabanas localizadas a poucos minutos do centro da cidade, em campos abertos com vista para o horizonte. São hospedagens modestas, usadas antigamente por caçadores, com aquecimento a lenha e bebidas quentes para os que esperam pelo aparecimento das luzes celestiais.
As conversas ao pé da fogueira, entre canecas de chocolate quente e marshmallow derretido, ajudam a passar o tempo na vigília das noites frias. Há gente de várias partes do mundo, entre eles norte-americanos, japoneses e europeus. Em geral, são casais maduros que já viajaram bastante e estão ali em busca de uma experiência diferente.
A aurora boreal, no entanto, não é uma certeza absoluta. O único requisito é ter céu limpo. Quando as nuvens encobrem as estrelas não há espetáculo e, sonolentos, todos voltam para o hotel para renovar as esperanças com algumas horas de sono.
Na noite seguinte, se a viagem permitir, tenta-se novamente. Os horários de maior frequência de aparições vão das 21h às 3h da madrugada. Por vezes, as luzes surgem por alguns minutos apenas, outras vezes, por até duas horas ininterruptas.
Previsão de aurora
Quanto mais intenso o vento solar, mais rápido é o movimento das luzes. As cores tornam-se mais saturadas e variam conforme a camada de atmosfera atravessada pelo vento solar. Os raios deslocam-se lateralmente, mas por vezes seguem direção sul, criando um efeito tridimensional.
Uma vez que as tempestades elétricas solares duram dias, uma boa noite de aurora boreal costuma ser seguida de outras. A cada 27 dias, o Sol completa um giro em torno de seu próprio eixo e um novo ciclo de auroras semelhante repete-se após esse período.
Portanto, fique de olho no calendário e escolha a época perfeita para viajar a Whitehorse, a fim de testemunhar o grande fascínio das luzes que dançam nos céus do Polo Norte.
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Atualizada em: 10/02/2023