Bali, Komodo e outras maravilhas: descubra a Indonésia – Voupranos

Bali, Komodo e outras maravilhas: descubra a Indonésia

Adobe Stock: Ilhas Tropicais – Raja Ampat – Andreas

Quando se fala em Indonésia, normalmente a ilha de Bali é o lugar mais conhecido. De fato, esse pequeno paraíso oferece muitas atrações, desde belas praias e vibrante vida noturna a uma rica herança cultural islâmica, cristã, hinduísta e pagã, além de um intrigante folclore. Mas Bali é apenas uma das 17 mil ilhas que compõem a República da Indonésia, maior arquipélago do mundo, distribuído em cerca de 5.000 km pelos oceanos Pacífico e Índico.

Para quem busca mais do que o exótico – o inusitado –, existem lugares pouco explorados, mais selvagens e menos acessíveis, como as ilhas de Komodo, rincão dos temidos dragões de Komodo, a Ilha de Flores com a cratera vulcânica dos três lagos coloridos (azul turquesa, marrom e verde oliva), ou ainda a Ilha de Java, com o maior e mais impressionante templo budista da Ásia, o Borobudur.

Adobe Stock: Parque Nacional de Komodo, Indonésia – Kittiphan

No século 5 d.C., a influência hinduísta e budista espalhou-se pelas ilhas indonésias, principalmente Sumatra, Java (a capital), Bali e outras do arquipélago. A maior concentração de arquiteturas sagradas está na ilha de Java, nos campos de Kedu, 42 km a noroeste da cidade de Yogyakarta.

Adobe Stock: ilha Kelayang em Belitung – Jakarta travel

Java

Em Java, encontra-se o complexo de templos hindus de Prambanam e o colossal templo hindu-budista de Borobudur, que consiste em seis bases quadrangulares tendo no topo 73 stupas menores e uma grande no centro. Stupa é o símbolo do budismo, assim como a cruz é a do cristianismo. O complexo possui 505 nichos com imagens de Buda. O acesso é feito por 105 degraus divididos em dez estágios, que representam as dez etapas para se alcançar o brama. Cada milímetro deste gigantesco monumento de basalto é esculpido em alto relevo, com imagens e cenas da história de Buda e seus ensinamentos.

Adobe Stock: Estátua de Buda no Templo de Borobudur – SANCHAI

Borobudur foi edificado nos séculos 8 e 9 e dedicado ao príncipe Sidharta, última reencarnação de Buda. É uma genuína relíquia do mundo antigo. Não longe dali, fica outro complexo budista de rara beleza: o templo de Prambanam. Esse templo dedicado a Shiva tem 50 metros de altura e possui 42 cenas do Ramayana (épico sânscrito da literatura sagrada da Índia antiga).

Adobe Stock: Borobudur na ilha de Java, Indonésia – Kwanchai6632

Ilha de Komodo

Já a remota Ilha de Komodo é habitada por assustadoras criaturas pré- históricas, os gigantes lagartos carnívoros, chamados de dragões de Komodo, com três metros de comprimento e cerca 80 kg. Sua saliva é contaminada com bactérias altamente tóxicas. Após morderem suas vítimas, esses animais ficam monitorando à espera da morte da presa.

Adobe Stock: Dragão de Komodo – Uryadnikov Sergey

Evidentemente, o visitante não corre risco, pois a entrada no Parque Nacional, criado em 1988, é acompanhada por guias altamente treinados. As três exóticas atrações – os templos de Borobudur, Prambanam e o Parque Nacional de Komodo – foram tombados pela Unesco como patrimônio da humanidade.

Adobe Stock:praia rosa de Pulau Komodo, Indonésia – Wendi

Bali

Depois de se refestelar com os vinhos e a culinária da Toscana, na Itália, e de penar na busca do silêncio interior em um ashram, na Índia, Elizabeth Gilbert, ou simplesmente Liz, personagem autobiográfica de Comer, Rezar, Amar, não poderia ter encerrado sua jornada em um lugar mais propício ao romance. A ilha de Bali, na Indonésia, é uma coleção completa de cartões- postais, com seus poéticos e verdejantes arrozais, densas florestas tropicais e praias divinas banhadas por um mar azulzinho.

Adobe Stock: Templo Pura Ulun Danu Bratan em Bali – Tawatchai1990

Melhor que isso só o fato de os ornamentos adicionados pelos balineses se encaixarem harmoniosamente em cada cenário natural da ilha. Assim, templos hindus surgem em meio à vegetação exuberante, bangalôs de palha e bambu expõem tecidos coloridos, mercados floridos espalham-se pelos vilarejos e há obras de arte por todo canto. O fato é que, nesta ilha, tudo que é bonito é reverenciado como patrimônio cultural. “Beleza representa segurança. As crianças aprendem a enfrentar qualquer dificuldade com ‘um rosto brilhante’, com um imenso sorriso”, escreveu Liz.

Adobe Stock: Diamond Beach, ilha de Nusa Penida – R.M. Nunes

Foi essa alegria contagiante que a fez se encantar pelos xamãs Wayan Nuriyasih e Ketut Liyer, cada vez mais procurados pelos turistas após aparecerem no best-seller. Ambos moram no coração da ilha, em Ubud, capital de Bali e destino almejado por quem leu ou assistiu a Comer, Rezar, Amar. O local serve de morada para diversos artistas plásticos nativos e estrangeiros, que expõem com orgulho seus trabalhos em ótimos museus.

Adobe Stock: Templo Pura Taman Saraswati – Sytilin

Há também lojas de artesanato, espetáculos de dança e muita música típica nas ruas da capital. Os eventos mais originais, porém, são os religiosos: um dia se venera a deusa Saraswati, no outro se festeja um aniversario, casamento ou outro indispensável ritual de passagem. Se seu momento, como o de Liz, for de introspecção, a cidade oferece spas, massagens, ioga e, caso se hospede em um hotel bacana, mil regalias para o corpo e a alma.

Adobe Stock: Palácio aquático Taman Tirta Gangga em Bali – Venemama

Para arrematar a estadia, nada como desfrutar de uma praia literalmente paradisíaca. Na pequena ilha de Nusa Lembongan, há faixas de areia branca e aquele inspirador mar transparente, onde os casais bebericam drinques nas marolas, praticam mergulho em meio a peixinhos coloridos, ganham massagens a dois e, mesmo longe da agitação de Bali, se deliciam com a extraordinária culinária local.

Adobe Stock: Ilha de Nusa Lembongan – New Mindflow

Publicado em: 22/12/2024
Atualizada em: 20/12/2024
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