Atrações nos arredores de Lima
A três horas da capital do Peru, nos arredores de Lima, o deserto encontra o mar. Praias se esparramam aos pés de falésias, montanhas decoram o horizonte e pinguins e leões-marinhos descansam sobre rochas. Essa combinação impensável forma uma das regiões mais lindas do Peru, a Reserva Nacional de Paracas.
É um terreno avermelhado que tem tudo a ver com o Atacama. Faz sentido. A região é um braço desse deserto que se estende do sul do Peru até o Chile, apesar de poucos se lembrarem disso.
Paracas pode estar no deserto mais seco do mundo, mas despovoada ela não é. A vila principal, El Chaco, com seu calçadão badalado à beira-mar, tem 2,5 mil habitantes.
Não é muito, mas a grande população mesmo é de animais: são 100 mil aves, 3 mil leões-marinhos, além de golfinhos, baleias, tartarugas (cinco das seis espécies de tartarugas marinhas nadam naquelas águas) e outras 1.560 espécies de animais e plantas.
Tem mais população do que muita capital por aí. A diversidade é tanta que a região ganhou o apelido de Galápagos Peruana.
Islas Ballestas
De El Chaco, quase todos os viajantes fazem o passeio de barco que leva às Islas Ballestas, ilhas rochosas que são o endereço onde toda essa turma de animais se encontra. É um safári aquático tão empolgante que causa alvoroço no barco.
De um lado da embarcação brotam milhares de leões-marinhos, do outro os pinguins-de-humboldt. No mar, golfinhos saltitam livremente, e no céu, as gaivotas e pelicanos pontilham o ambiente.
No caminho marítimo entre as Islas Ballestas e El Chaco, há uma montanha arenosa marcada por um desenho que está entre os mais curiosos da história: o “candelabro”. Ninguém sabe como aquela figura foi parar ali. Suas dimensões são gigantescas: tem 170 metros de altura, 78 metros de largura e 60 cm de profundidade.
Diferentemente das linhas de Nazca, ninguém mantém o desenho e nem o vento nem a chuva chegam a ele. Foi descoberto em 1851 e sabe-se lá desde quando enfeita a região.
Há quem diga que foi feito por navegadores, outros dizem que foi desenhado por grupos ancestrais (embora nunca se tenha encontrado figura semelhante) e tem até os que juram ser sinal de extraterrestres. Tudo é válido quando se esbarra em um mistério assim.
Adobe Stock: Arche Rocher îles Ballestas Pérou Ica Paracas Lima Paysage excursion visite tour – Loïc BourgeoisDeserto
Se conhecer as Islas Ballestas é o passeio número um de Paracas, o segundo no ranking é o tour pela reserva cruzando a vasta área desértica de piso vermelho-amarelado. A sensação de estar em outro mundo só não é total porque volta e meia o mar emerge no horizonte, lembrando que, sim, você ainda está no planeta Terra.
A geografia é surreal mesmo: na reserva com 3.350 km2, pouco mais da metade da área é marítima – em pleno deserto. As explicações sobre esse incomum terreno estão completas no Centro de Interpretação, pequeno museu diante das montanhas. Na saída, uma dica: pegue a passarela que serve de mirante para uma baía lotada de flamingos-chilenos.
De volta à estrada, o caminho leva à Catedral, um arco natural feito da união da rocha com o vento, que se projeta sobre o mar. Quem esteve na região antes de 2007, entretanto, teve a sorte de vê-lo ainda mais bonito, já que parte da formação ruiu com o terremoto que atingiu Paracas.
La Mina
Olhar a sequência de praias desertas sem poder pisar na areia ou entrar no mar seria tortura. Então, como Paracas está longe de querer causar qualquer incômodo, há uma praia onde dá para estender a canga: La Mina.
É a mais famosa por três motivos: tem mar azul brilhante, fica aos pés de um rochedo e tem vista para as montanhas do deserto. Mas, já que perfeição não existe, ela só tem dois problemas: a água gelada, fruto da corrente de Humboldt que age na região, e a lotação nos fins de semana.
Depois do tour, tire um bom tempo para fazer nada em El Chaco, a gostosa vila de Paracas. O Malecón, o calçadão à beira-mar, é onde viajantes se encontrar para comer e beber.
Huacachina
Huacachina, a uma hora de Paracas, é mais um destino que vale a visita. Nos hotéis, cafés e restaurantes à beira da lagoa-oásis, cercados por dunas de 200 metros de altura, o pessoal se encontra com uma cerveja na mão e começa a amizade trocando um só assunto: o horário do pôr do sol.
Outra tradição é fazer o passeio de bugue pelas dunas, com doses de adrenalina tão altas que deixam os passeios do Nordeste no chinelo. Em Huacachina, os bugueiros não fazem a clássica pergunta: “Com ou sem emoção?”. Lá, a pergunta deveria ser: “Com muita, intensa ou absurda emoção?”.
O tour geralmente inclui o sandboard, isto é, pranchas para surfar ou, mais fácil, deslizar duna abaixo. Deite sobre a prancha de barriga para baixo, use as pernas como freios e, como parte da instrução, feche bem a boca, pois é areia vindo por todo lado.
Depois, dá uma baita vontade de pular na lagoa para tirar os grãos de areia que entram pela roupa, mas melhor fazer isso no hotel, já que é proibido usá-la para se refrescar, ainda que haja quem desrespeite a regra, pois dizem que a água da Lagoa tem propriedade curativas.. Um bom jeito de apreciar a lagoa, é alugando barcos a remo ou pedalinhos.
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Atualizada em: 27/12/2022