Atrações de Xangai revelam China do futuro

Adobe Stock: Horizonte de Xangai com a histórica ponte Waibaidu – Oleksandr Dibrova
É incrível ver como as atrações de Xangai revelam uma China do futuro. Com cinco mil anos de história, o país cresceu a partir da formação de dinastias poderosas que fizeram o império mais duradouro do planeta.
Sofreu invasões. Foi inventor da bússola, da pólvora, do papel e da impressão. Padeceu nas mãos dos japoneses em duas ocasiões principais, depois de perder a Primeira e a Segunda Guerras Sino-Japonesas (nos séculos 19 e 20, respectivamente).
Virou uma ditadura comunista em 1949. Fez de Mao Tsé-tung um líder idolatrado que, morto em 1982, segue como herói para muitos e vilão para outros.

Adobe Stock: Vista para o moderno Wolkenkratzer der Skyline de Xangai – Moofushi
Abriu sua economia ao mercado mundial. E mostra ao mundo curiosas diferenças culturais: homens se abanam com leque, pessoas arrotam sem cerimônia, jovens usam óculos sem lente e um petisco tentador é o escorpião frito. Será verdade?
Para entender toda essa história e evolução chinesas, vale a pena explorar, sobretudo, as atrações de Xangai, a mais moderna das cidades chinesas, mas cujas tradições ainda sobrevivem ao tempo.

Adobe Stock: O Templo Jing’an é um templo budista na West Nanjing Road, em Xangai, China – Fazon
O que fazer em Xangai
Menos de duas horas de voo separam Hong Kong de Xangai, mas a sensação é de milênios. Foi o Tratado de Nanquim, que no século 19 cedeu Hong Kong aos ingleses, que abriu o porto de Xangai ao comércio
britânico, fazendo a cidade progredir.
Nos anos de 1930, tornou-se a cidade mais próspera do Extremo Oriente. Teve momentos distintos com o comunismo e, desde 1992, entrou nos trilhos e tornou-se sinônimo de progresso.
A boa impressão fica mais forte assim que você faz um passeio noturno pela Nanjing Road. A principal rua de comércio local exibe 600 lojas e é o caminho de 2 milhões de pessoas por dia.

Adobe Stock: Shanghai – Kalyakan
E não é que o calçadão de pedestres se torna, em alguns momentos, pista de dança? Diversos grupos, que levam seu próprio equipamento de som, seguem uma coreografia ritmada, convidando todos a participar.
Dali, é fácil avistar o Jim Mao Tower, arranha-céu de 421 metros que é o segundo mais alto de Xangai. Na fila para subir nele, não estranhe se alguém te pedir uma foto. O fato: ocidentais ainda não são frequentes por lá. Como muitos turistas em Xangai e Pequim são de zonas rurais da China, trata-se de gente que nunca viu um ocidental de perto.

Adobe Stock: Ponte do rio Nanjing Yangtze, China – Weiming
Pontos turísticos
Os principais pontos turísticos dividem-se nas duas porções do Rio Huangpu, que cruza a cidade. De um lado fica The Bund, a região de arquitetura colonial, cartão-postal local, que teve sua época áurea quando abrigava bancos e casas de comércio da Grã-Bretanha, França, Rússia e Itália.
São 52 construções de estilos que variam entre renascentista, barroco e gótico. São tantas variações que é chamada de Galeria da Arquitetura Mundial.

Adobe Stock: Shanghai The Bund – Kalyakan
Do calçadão à frente vê-se o outro lado do rio, onde fica Pudong, moderna e cosmopolita. Qualquer que seja a margem, Xangai é beleza. Abaixo do rio, o Bund Sightseeing Tunnel leva de um lado ao outro em uma viagem de luz, som e efeitos especiais, que já encantou dois milhões de passageiros desde sua abertura, em 2000.

Adobe Stock: Bund à beira-mar no centro de Xangai, um dos destinos turísticos mais famosos de Xangai – Aphotostory
Jardim e casa de chá
Os hotéis mantêm um cartãozinho com os nomes das atrações em mandarim e inglês para que tanto você quanto o taxista saibam aonde ir e para onde voltar. Não saia sem ele. Mesmo que a vontade seja de ficar no Yu Garden. Esse jardim de 20 mil m² foi finalizado na dinastia Ming e tem seis pavilhões distintos, repletos de veios de água, carpas e pátios entremeados por uma vegetação abundante.

Adobe Stock: Yu Garden, é um jardim clássico em Xangai. China – Sforzza
Na saída do jardim, a visita à casa de chá Huxinting, de 1784, em meio a um lago, é um pit stop agradável. O acesso se faz por uma ponte de nove curvas, que segue esse modelo porque o zigue-zague engana os maus espíritos.

Adobe Stock: Yu Garden, Shanghai, China – Weiming
Igualmente fascinante é o Jade Buddha Temple (Templo do Buda de Jade), numa extremidade da Naijing Road. Fundado em 1882, ele abriga duas belas estátuas de Buda em jade branco, trazidas de Myanmar, no Sudeste Asiático. O que se encontra sentado tem 1,90 metro de altura e traz incrustações de ágata e esmeralda.
O outro Buda é menorzinho, com 96 centímetros. Templo originário de uma vertente indiana do budismo, o complexo encanta seguidores da doutrina ou não.

Adobe Stock: Yu Gardens, Shanghai, China – Bogdan Lazar
Compras
Xangai também é local de compras, inclusive de falsificações. Quase como uma criança que derruba um vaso e põe a culpa no gato, os shoppings conhecidos como Fake Malls (Shoppings da Falsificação) são repletos de cartazes coibindo a venda de produtos falsificados. O ideal é fugir disso, não vale a pena.
Mesmo porque há muitas opções melhores. Uma das maiores lojas da Louis Vuitton, por exemplo, está no país, comprovando a estatística de que o chinês é um dos maiores povos do mundo em consumo de artigos de luxo – legítimos, diga-se. Os shoppings de produtos verdadeiros encantam e valem a visita.

Adobe Stock: Shopping Plaza de Hong Kong em Xangai – Fotokon
Atualizada em: 14/01/2025