Atenas convida a uma viagem pela história com muita diversão.

Adobe Stock: Acrópole de Atenas – Milosk50

Não é apenas porque os voos internacionais chegam a Atenas que o tour pelo país deve ser iniciado na cidade. Como começou ali a história da cultura ocidental, iniciar o roteiro pelas atrações e pelos monumentos da capital grega, cuja fundação remonta ao século 8º a.C., pode ser o passo necessário para contextualizar tudo o que será visto ao longo da viagem.

O melhor de tudo é que topar com esses vestígios é tarefa fácil, pois Atenas é um museu a céu aberto, de modo que passar batido pelas referências históricas que pululam em toda parte é perder metade da graça (e do aprendizado) da viagem. Reserve o primeiro dia para um reconhecimento do lugar: ande a pé pelo centro, familiarizando-se com as estações de metrô e com as ruas estilosas de Plaka, o centro histórico de Atenas. Só dê uma pausa perto da Praça Syntagma se vir, em frente ao Parlamento, várias pessoas com a câmera na mão.

Adobe Stock: Cidade de Atenas – Cara-Foto

Ali está o Túmulo do Soldado Desconhecido, cuja homenagem é a mesma que propõe outros monumentos semelhantes, como o Arco do Triunfo, em Paris: lembrar os soldados mor­tos em combate, cujos corpos não foram identificados. Em Atenas, no entanto, o motivo da aglomeração de gente é outro: ali ocorre, uma vez por dia, a troca da guarda presidencial grega. O uniforme usado pelos oficiais e a marcha por eles seguida são um tanto peculiares
quanto tradicionais. Vale conferir.

Adobe Stock: Guarda presidencial grega- Danflcreativo

São dois outros passeios, porém, que marcam a passagem pela cidade. Um é a visita à Acrópole (cidade alta, em grego), que inclui o famoso Partenon, e o outro é o tour no Museu Nacional de Arqueologia, que reúne, em um único lugar, mais obras da Grécia Antiga que vários importantes museus do mundo juntos. Conhecer primeiro o museu é uma forma de entender melhor as diferentes épocas históricas e já chegar com uma “cola” nos sítios arqueológicos, como a Acrópole.  Por outro lado, perambular primeiro por esse cartão- postal é sentir que os pés estão verdadeiramente em um solo que é dono de história e importância ímpares.

Adobe Stock: Guarda presidencial – Galina

Acrópole

Assim, a visita à Acrópole deve ser pensada com carinho para manter a magia que o lugar merece – e que some rapidamente quando a multidão de turistas lota as construções, transformando o tour em uma disputa a cotoveladas pelo melhor espaço para fotos.

Por isso considere visitar o local na parte da tarde, algumas horas antes do pôr do sol, com calma. É a chance de ver, sem tantas interrupções, as colunas majestosas mudarem sua tonalidade para um dourado incandescente, seguido de um rosa caloroso, quase lilás. Em ritmo intenso, em um dia é possível visitar as principais ruínas da cidade. Corre-se o risco, porém, de que os tantos vestígios históricos se transformem em meros montes de pedras antigas.

Adobe Stock: Partenon de Atenas – Lambros Kazan

Por isso, vale fazer o passeio com um guia e uma certa dose de imaginação – para vislumbrar os tempos áureos da Ágora de Atenas, por exemplo, é fundamental pensar nos debates públicos que os antigos cidadãos realizavam ao seu redor. É que, do local onde os conceitos de democracia e da livre troca de opiniões foram forjados, hoje só resta o silêncio e o vaivém de visitantes.

Adobe Stock: Antiga Àgora de Atenas – Nejdetduzen

É também o silêncio que domina o Teatro de Dionísio, ainda parte da Acrópole de Atenas. Construído no século 50 a.C. e com capacidade para 17 mil espectadores sentados, ele foi o primeiro teatro do mundo, palco de comédias e tragédias escritas por Ésquilo e Sófocles, além de receber rituais de sacrifícios aos deuses.

Adobe Stock: Teatro de Dionisio na Colina da Acrópole – Pink candy

Pelas ruas da cidade

Apesar do peso da história, Atenas não é feita só de ruínas, e um mergulho no dia a dia grego inclui andar sem pressa pelas ruas da cidade. Se for domingo, estique até o elétrico e colorido mercado de pulgas da Praça Monastiraki, forrado de porcelanas, roupas, objetos de arte e um sem-fim de quinquilharias.

Tudo está à venda, mas ali é o passeio, e não as compras, o principal atrativo. Se sair dali de mãos abanando, pare num bar e peça uma cerveja Alfa, a mais famosa do país. Se estiver calor, será a melhor aquisição do dia. Quando anoitecer, aproveite: em Atenas, a curtição vai longe.

Adobe Stock: Praça Monastiráki em Atenas – Pierre Violet

Os restaurantes servem o jantar em torno das 22h, dando início ao burburinho nos bares das ruas de Plaka e da Praça Syntagma. No dia seguinte, você pode até estar pensando em começar cedo a programação. Mas, à noite, Atenas é outra cidade – e vale curti-la até a lua virar sol.

Adobe Stock: ruas da cidade velha de Plaka, Atenas – Moofushi

Como circular entre as ilhas e o continente

Atenas serve de base para quem deseja visitar as ilhas gregas, como Santorini e Mykonos. Para isso, você pode recorrer a duas opções de transporte.

– De barco

Uma farta rede de ferry boats, catamarãs e taxi boats circula pelas ilhas, mesmo as mais afastadas. A dificuldade pode estar nos horários: alguns destinos têm uma oferta menor de chegadas e saídas diárias, o que exige atenção para não se perder o único ferry do dia. Fique atento às diferentes opções de duração da viagem, já que algumas rotas são oferecidas por ferries de alta velocidade, com passagens mais caras.

Adobe Stock: marina Mikrolimano em Atenas – Milangonda

– De avião

Aviões propiciam deslocamentos mais rápidos e as passagens têm bons preços se compradas com antecedência. Duas companhias que voam de Atenas para as ilhas são a Olympic Air e a Aegean Air.

Adobe Stock: Markus Mainka