As dunas, falésias e piscinas naturais nos arredores de Maceió

Adobe Stock: Praia do Gunga – Oliveira Franca
Ao sair de Maceió, mas ainda assim nos arredores da capital alagoana, você tem muitas opções para curtir as lindas praias a região. Algumas delas, inclusive, ficam muito próximas, como a do Francês. Essa é uma faixa de areia urbana, muito popular e excessivamente turística, com grandes restaurantes de dois andares sempre cheios e muitas cadeiras de plástico lotando a beira-mar.
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Adobe Stock: Falésias Praia Gunga – Pedro
Melhor se jogar na Praia do Gunga, mais ao sul e, essa sim, linda demais. O Gunga ocupa a ponta de uma península de areia, na foz da Lagoa do Retiro. É a praia mais bonita do litoral sul alagoano, e, como muita gente sabe disso, ela lota no verão.
Para chegar lá, é preciso atravessar de lancha desde Barra de São Miguel, do outro lado da lagoa, ou ir de carro, passando pela portaria de uma fazenda particular. Foi essa fazenda a responsável por proteger o pedaço dos loteamentos e da especulação imobiliária.

Adobe Stock: Falésias na praia do Gunga – Rafaelnlins
Fora do setor de barracas, concentradas próximo à foz, a praia é deserta, sem casas ou outras construções, e cercada apenas por um vasto coqueiral. Em cinco minutos de caminhada para o canto direito já dá para perceber o encanto da paisagem, dominada apenas por areia, coqueiros e mar. São 4 km assim até a vizinha Praia da Lagoa Azeda, onde surgem falésias de areias coloridas. Os bugies levam até lá, num passeio de uma hora.

Adobe Stock: Lagoa Azeda – Renato
Como não há hospedagem no Gunga, basta dar 17h e todo mundo começa a ir embora. As barracas fecham as portas, as lanchas partem com os turistas e a praia, então, esvazia-se. É um destino com hora para abrir e fechar. Quem está de carro pode esticar até o extremo sul do litoral alagoano, cuja grande atração é a foz do Rio São Francisco. Nesse trecho, a 170 km de Maceió, já na divisa com Sergipe, um magnífico conjunto de dunas assiste ao encontro do Velho Chico com o mar, enfeitando uma praia deserta que se estende por quase 20 km: a Praia do Peba. É o pedaço mais rústico e sossegado de toda a costa de Alagoas.

Adobe Stock: Pontal do Peba – Pedro
Para ir até lá, é preciso rodar até Piaçabuçu, uma cidade simpática, plantada às margens do rio. É um lugar de vida simples, onde as mulheres lavam roupa nas águas do rio e a molecada brinca no velho trapiche de madeira. É dele que partem os barcos para um passeio pelo delta do São Francisco.

Adobe Stock: Pontal do Peba – Pedro
Rota Ecológica
No sentido do litoral norte, o último ponto que vale a pena fazer um bate e volta desde Maceió é a Praia de Carro Quebrado, em Barra de Santo Antônio. É uma enseada linda e deserta, cercada por falésias, com acesso apenas por uma estrada de terra que parte do centro de Barra de Santo Antônio.

Adobe Stock: Barra do Camaragibe – Marcia Cobar
A partir desse ponto, a AL-101 abandona temporariamente a beira-mar, faz um desvio pelo interior e até muda de nome – passa a ser AL-430 e, depois, AL-435 –, para só reencontrar a costa 70 km adiante, em Barra do Camaragibe.
Aí começa outro espetáculo. A pista se transforma numa linda alameda, com coqueirais de ambos os lados cortando vilarejos que surgiram às margens da pista, como São Miguel dos Milagres, Porto de Pedras, Tatuamunha e Porto da Rua.

Adobe Stock: Praia de São Miguel dos Milagres – Mdosoliveira
O trecho, que ficou conhecido como Rota Ecológica manteve-se, por décadas, afastado do turismo de massa. Enquanto Maragogi atraía quase todos os viajantes e grupos de excursão que seguiam para o litoral norte alagoano, as praias da Rota Ecológica permaneceram escondidas pelo coqueiral. Pouca gente sabia que ali estavam algumas das mais belas faixas de areia do Brasil.

Adobe Stock: Lagoa Azeda – Danilo
Hoje, a região já é bastante conhecida, mas preserva boa parte da tranquilidade e rusticidade originais. O turismo chegou, mas voltado para um estilo mais exclusivo e sofisticado. O lugar se tornou um reduto de pousadas de charme, que prezam pelo conforto e alta gastronomia.

Adobe Stock: Ilha no nordeste – ChengNV
Nelas, a rotina do hóspede consiste em descansar e desfrutar de boa gastronomia, saboreada no café da manhã e no almoço ou jantar incluídos na diária. Sair da pousada, portanto, só rola se for para caminhar nas praias sempre vazias, fazer um passeio de jangada para as piscinas naturais da Praia do Toque ou para jantar em outra pousada.
Com uma vibe assim, a Rota Ecológica é um poderoso remédio antiestresse. Mas, para sentir seus efeitos relaxantes, é preciso ficar, pelo menos, uns quatro dias inteiros.

Adobe Stock: Praia do toque – isabelanicoletti
Maragogi
Depois de relaxar em algumas das melhores pousadas para o Brasil, é hora de seguir para Maragogi, na divisa com Pernambuco. Ali, o grande barato é a gigantesca bancada de corais a 6 km da costa, que guarda lindas piscinas naturais para as quais rumam, todos os dias, na maré baixa, dezenas de catamarãs.

Adobe Stock: Praia do Antunes -Bydronevideos
Quase todos seguem para um setor dos recifes conhecido como Galés. Mas há outros pontos dos corais que são visitados, em lanchas pequenas ou jangadas a vela, e que são bem mais bonitos e vazios: Taocas e Barra Grande, onde é possível mergulhar e fazer snorkelling longe da multidão toma conta das Galés.

Adobe Stock: Costa dos Corais – Brastock Images
Maragogi é a segunda maior cidade do litoral alagoano, atrás apenas de Maceió. O lugar não é tão charmoso e sua orla principal é bem normal. A hospedagem típica são os resorts grandalhões, mas há também pousadas pé na areia bem bacanas.
As praias de Maragogi são belíssimas, especialmente as do trecho norte, onde estão Antunes e Ponta do Mangue. É incrível a cor azul-bebê do mar nessas bandas. Parece mesmo o Caribe.
Atualizada em: 08/01/2025