O que fazer em Munique, conhecida pela Oktoberfest, o mais famoso festival de cerveja do mundo – Voupranos

O que fazer em Munique, conhecida pela Oktoberfest, o mais famoso festival de cerveja do mundo

Adobe Stock: Oktoberfest, Munique – Rawf8

Carros da desejada marca BMW circulam aos montes pelas ruas de Munique. Também, pudera: a matriz e uma fábrica da empresa ficam nessa bela cidade alemã, a terceira maior do país (atrás apenas de Berlim e Hamburgo) e onde há muito o que fazer.

O município também é a casa do Bayern, um dos times de futebol mais poderosos da atualidade. E ainda há pelas ruas vendedores de pretzel, o tradicional e crocante pão alemão em forma de laço. Os símbolos conhecidos são muitos, mas todos os anos, entre setembro e outubro, é outra marca local que se sobressai: a cerveja, consumida aos milhões de litros na Oktoberfest.

Mas não são apenas os amantes de cerveja, futebol e carros que encontram diversão por lá. Aficionados por cultura e arte e apreciadores de design, alta costura e gastronomia também estão no lugar certo. Ou melhor, certíssimo. Não é para menos que Munique receba milhões de visitantes por ano.

Adobe Stock: Oktoberfest, Munique – Davide Angelini

Adobe Stock: Estádio em Munique – Vitleo

Marienplatz

Entre um pit stop aqui e várias lições ali e acolá sobre os curiosos costumes da região, vale a pena perder-se pelo centro histórico de Munique. No meio da movimentada Praça Marienplatz, uma coluna com a imagem dourada de Nossa Senhora destaca-se entre as torres da Frauenkirche (Igreja das Mulheres), que fica no quarteirão de trás.

Quem visita a igreja logo procura pela marca de um pé, que teria sido deixada pelo diabo perto do órgão, na entrada. Conta-se que o arquiteto responsável pela obra fez um acordo com o maligno em 1468, que o autorizou a fazer uma belíssima catedral, desde que sem janelas. Quando a construção foi concluída, o diabo foi convidado a verificar o resultado. Ao perceber que fora enganado pelo jogo de colunas que escondia as janelas e vitrais, ficou furioso e ali cravou seu pé.

Adobe Stock: Marien Square, Munique – Rudi1976

Ao longo do dia, cafés, sorveterias e lojas no entorno da Marienplatz, marcada pela prefeitura gótica, ficam lotados. Uma ótima vista das pessoas passeando no pedaço é vislumbrada da torre da Igreja de São Pedro. Embora o quase sem-fim de degraus da escada sejam estreitos e de mão dupla, o visual recompensa o esforço da subida e descida.

Lá de cima, é possível fotografar todo o enorme prédio da prefeitura, as cúpulas esverdeadas da Igreja das Mulheres e mesmo a torre do Museu de Brinquedos, mais ao longe, além de observar um formigueiro de pessoas.

Adobe Stock: Marienplatz, Munique – Annabell Gsödl

O burburinho na Marienplatz, porém, já foi bem maior, já que ali ficava o mercado Virtualienmarkt, transferido, em 1807, para outro quarteirão, próximo da praça. Nele, encontra-se de tudo: de cerveja a champanhe, de joelho de porco a temperos italianos, queijos franceses e cogumelos diversos, além de enfeites artesanais, flores e as típicas bolachas em forma de coração com os dizeres ich liebe dich (eu te amo, em alemão).

Adobe Stock: Marienplatz, Munique – F11photo

A Marienplatz também é famosa pelas seis fontes de água, que, decoradas com estátuas de antigos artistas da vizinhança e com flores deixadas pelos transeuntes, garantem água fresca e potável aos passantes.

A Fonte dos Pescadores vai além desse papel: reza a lenda que quem molhar seu porta-moedas naquelas águas, na Quarta-Feira de Cinzas sempre terá os bolsos cheios de dinheiro.

Adobe Stock: Marienplatz, Munique – F11photo

Parques e biergartens

Nos meses mais quentes do ano e mesmo no começo do outono europeu, até meados de outubro, um programa ao ar livre é extremamente recomendado: curtir o Englischer Garten (Parque Inglês), à beira do Rio Isar, motivo de orgulho dos locais. É que a metrópole, onde vive 1,5 milhão de habitantes, é uma das poucas grandes cidades do mundo em que os moradores encontram um rio tão limpo a ponto de poderem nadar nele.

A correnteza do Isar é tão forte que muitos pulam no rio e se deixam levar pelas águas que cortam o parque. Tem também quem faça o percurso com boias ou, para variar, deguste uma cerveja numa parte mais calma do curso do rio.

Adobe Stock: Hofgarten Park, Munique – Nedomacki

Adobe Stock: Englischer Garten, Munique – Fotoeule

Mas bacana mesmo é ver o pessoal surfando na altura da Ponte Eisbach. Com a forte correnteza e as pedras do caminho, formam-se ondas grandes o suficiente para que surfistas se equilibrem em pranchas e deem um show aos visitantes, que até se sentam à beira-rio para vê-los dominar a força das águas ou cair desastrosamente nelas.

Adobe Stock: Flusssurfen, Munique – Andinspiriert

Outro destaque do parque é a torre chinesa, de 1798, situada no meio de um biergarten, o jardim da cerveja. O costume de frequentar esses emblemáticos bares ao ar livre, que desde a Idade Média marca o estilo de vida na cidade, veio com uma esquisita lei de 1539.

Adobe Stock: English Garden, Munique – Saiko3p

Nos jardins da cerveja, não há garçons; é preciso ir até a tenda buscar bebida e comida. Conforme o movimento, os canecos são deixados preparados e ficam debaixo de uma placa que indica o tipo da bebida oferecida: clara, escura ou misturada com soda.

Alguns biergartens mantêm uma área em que os visitantes podem consumir a comida que trazem. Quem não quiser preparar seu piquenique normalmente encontra nessas casas galetinhos assados com salada de batata, joelho de porco ou o leberkäse, bolo de carnes bovina e suína e temperado com cebola e bacon, apreciado dentro de um pão.

Adobe Stock: English Garden, Munique – Dudlajzov

Adobe Stock: Biergarten, Munique – Petra Homeier

Arte bávara

Vale a pena explorar a veia artística de Munique, que destaca locais como o

Deutsches Museum, um dos museus de ciência e tecnologia mais importantes do mundo. Há ainda a fabulosa Residenz, a residência oficial dos reis da Bavária (os moradores de Munique enchem o peito para dizer que é maior do que o Palácio de Buckingham, de Londres), que hoje abriga um museu e um dos teatros mais bonitos da Europa.

E também a Alte Pinakotech, recheada de obras famosas, com riquíssimo acervo de pintura dos séculos 14 a 18. Entre as obras mais conhecidas está a Descida de Cristo da Cruz, de Rembrandt.

Publicado em: 26/05/2023
Atualizada em: 26/05/2023
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