O que fazer em Colônia, uma das cidades mais antigas da Alemanha

Adobe Stock: Skyline of Cologne – Germany – 4th Life Photography

Colônia é uma das mais antigas cidades da Alemanha, fundada pelos romanos por volta do ano 50 e anexada ao Império Franco em 785. Por isso, não falta o que fazer por lá. Com tantos séculos de história, o destino, que durante a Idade Média foi um dos mais prósperos da região de predomínio de língua alemã, não poderia deixar de abrigar um rico patrimônio arquitetônico.

Além de 12 igrejas românicas construídas entre os séculos 10 e 13 (como a Gross Saint Martin, da metade do século 11), a cidade abriga a maior catedral da Alemanha, a gótica Dom. A imponente construção, inscrita na lista de Patrimônios da Humanidade pela Unesco, domina a paisagem da cidade.

Dom

A Catedral de Colônia começou a ser construída em 1248, evoluindo gradualmente até 1520 e permaneceu inacabada até o século 19, quando foi retomada pelo rei da Prússia, Frederico Guilherme IV. Apenas entre 1842 e 1880 foi finalmente concluída. Apesar desses mais de 600 anos para ficar pronta – mais do que toda a história do Brasil – é a grandiosidade da Dom que impressiona a todos que se aproximam.

Dá para reservar uma manhã inteira só para visitá-la. Além do exterior rebuscado, com detalhes nos pináculos e portões, o interior é cheio de atrativos. Os vitrais góticos, a maioria do século 14; o altar-mor, as cadeiras do coro, o altar dos magos, e a coleção de objetos de ouro, de livros litúrgicos e vestimentas contribuem para formar o ambiente com muita ornamentação refinada.

Depois de ver o interior, encare os 533 degraus para chegar aos 100 metros dos 127 de altura da torre sul da catedral. Passa-se ao lado dos enormes sinos, que de hora em hora badalam e emitem o som que se tornou referência na cidade. Do alto, tem-se uma vista completa de Colônia junto ao rio – paisagem inspiradora para depois seguir pelo Reno.

Adobe Stock: Kölner Dom, Köln, Nordrhein-Westfalen, Deutschland – Sina Ettmer

Centro Histórico

Caminhar pelas ruas estreitas do Centro Histórico da cidade, com casas coloridas de teto pontiagudo, marcas da arquitetura germânica, é um passeio bem agradável. A região é território de pedestres, e quem vai de carro deve deixá-lo em um dos vários estacionamentos por lá.

A cidade é muito arborizada, principalmente na orla do Reno, cheia de bares e cafés com mesinhas do lado de fora. Aproveite para experimentar pratos típicos alemães e a tradicional cerveja. Uma das mais conhecidas é a Früh, marca local fabricada pelo restaurante de mesmo nome.

Adobe Stock: Hohe Strasse – Köln, Deutschland – Marcjohn.de

Museus

Fora as construções históricas, Colônia se destaca como um centro de artes, cultura e negócios. Abriga uma grande variedade de museus e um riquíssimo acervo. O Wallraf Richartz/Fundação Corboud conta com a maior coleção de pinturas da Alemanha.

Já o Ludwig tem um dos mais significativos conjuntos de arte moderna e contemporânea do mundo. Além das obras, a própria arquitetura deste último prédio é um atrativo, com grandes janelas de onde é possível observar o centro histórico da cidade.

Há também o moderno museu Römisch-Germanische (Museu Romano-Germânico), onde estão vestígios dos períodos romano e pré-romano na região, como armas, enfeites e artigos de uso diário.

A cidade conta ainda com um imenso espaço expositivo, a Köln Messe, onde há feiras o ano todo, de diversos segmentos. A mais tradicional é a Photokina, realizada desde 1950, a maior do mercado fotográfico mundial.

Adobe Stock: 31 July 2022, Koln, Germany: Sculpture classical masterpiece at art exhibition in Wallraf Richartz museum – EdNurg

Adobe Stock: 31 July 2022, Koln, Germany: Entrance to Wallraf and Richartz museum with paintings. Visit art exhibition – EdNurg

Passeio pelo Reno

Colônia pode servir de base para quem deseja fazer passeios de barco pelo Reno. De lá, dá para seguir para as pequenas cidades de Porz, Wesseling, Bonn e Bad Godesberg até alcançar Königswinter que, a 40 km de distância, é parada obrigatória. Com a embarcação, leva-se quatro horas até lá. Portanto, se o tempo estiver curto, é melhor fazer o trecho via trem, com duração de 40 minutos.

Na charmosa cidade, há ruelas com pequenos cafés e restaurantes em casinhas de estilo enxaimel, de vigas de madeira aparente, típicas do país. Mas o motivo para a visita é o Drachenburg, ou Castelo do Dragão, no alto da montanha de Drachenfels.

Construída entre 1879 e 1884 a mando do milionário Stephan von Sarter, a fortificação lembra, em proporções bem menores, o castelo de Neuschwanstein, o mais famoso da Alemanha, no estado da Baviera, no sul. A semelhança não é mera coincidência: Sarter queria competir com o rei bávaro Ludwig II, que mandou erguer vários palácios no estado alemão.

Para chegar ao castelo, pode-se fazer uma trilha de meia hora a pé pela floresta montanhosa ou pegar um trem até o topo, seguindo pela ferrovia que corta montanhas mais antiga da Alemanha, construída em 1883. O imponente Drachenburg surge entre o verde com sua arquitetura típica de contos de fadas.

Lá ficam uma luxuosa escadaria de mármore, vitrais e cômodos aos montes, como a biblioteca, os quartos e as salas de café, de bilhar e de música, todos ricamente adornados com afrescos e esculturas. É normal deparar-se com casamentos no espaço, o que deixa o clima ainda mais romântico. Para completar, dá para fazer como os antigos nobres e sentir o gostinho de comer em um agradável restaurante nos jardins do castelo.

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