Como é a Oktoberfest em Munique, o festival de cerveja mais famoso do mundo
Nada atrai mais viajantes a Munique do que a Oktoberfest que, curiosamente, começa em setembro, geralmente 15 dias antes do primeiro sábado de outubro.
Caso você viaje para lá nesta época, é bom saber que, tanto quanto entornar o caneco, é preciso preparar os ouvidos para o famoso hit da festa, entoado a torto e a direito e que também se repete ao longo do ano nas principais cervejarias da cidade: oans, zwoa, gsuffa! (pronuncia-se algo como“óains, dzvóa, gzufa”), que no dialeto da Bavária significa um, dois e embebedar!
É assim que os participantes brindam durante o evento mais famoso e esperado do ano, que, desde 1810, é realizado no Theresienwiese (Campo de Teresa), chamado de Wiesn (“vízen”).
O local é um verdadeiro parque de diversões dedicado à cerveja, reunindo as enormes tendas que vendem a loira, brinquedos, como o emblemático carrossel e o chapéu mexicano, e espaços para shows e outras atividades que se desenrolam durante a festa.
No dia da abertura, pontualmente às 11h, há um desfile rumo ao Wiesn. É nesse momento que as cervejarias despacham seus barris para o local dos festejos, transportados em carruagens ornamentadas por fitas, folhas e guirlandas. Ao meio-dia, o cortejo já chegou ao Wiesn, e, na tenda Schottenhamel, o prefeito de Munique dá uma martelada e fura o primeiro barril.
Até esse momento, que marca o início oficial do evento, o cronômetro mostra uma contagem regressiva e os visitantes a acompanham, em alto e bom som, como se estivessem esperando a virada do ano. Aí, pelas mãos do prefeito, a cerveja, produzida especialmente para essa ocasião, começa a jorrar.
É a deixa para todos exclamarem o’zapft is, algo como fluindo, aberto está, o que é dito mais ou menos assim: “otzapft is”. O êxtase da galera pode ser sentido mesmo por quem está longe dali, já que a cerimônia é transmitida pelos canais de TV de toda a Alemanha.
Megatendas
Em março de cada ano, as seis cervejarias oficiais começam a produzir uma série especial da bebida chamada Oktoberfest (ou märzen – de março, em alemão), usando receitas centenárias no cuidadoso preparo da cerveja que será servida na festa. Trata-se de um estilo parecido com o pilsen, o mais apreciado no Brasil, porém mais encorpado e alcoólico.
Quando a festa começa, cada cervejaria tem sua megatenda, com clima e públicos diferentes. Münchners e estudantes preferem a da Augustiner, enquanto norte-americanos e australianos frequentam a da Hofbräu.
Quando a movimentação está nas alturas – tais espaços comportam até 10 mil pessoas –, pode ocorrer de as portas serem fechadas até a superlotação dar uma folguinha. Aí as casas voltam a aceitar novos bebedores.
No meio da multidão e ao som de bandas típicas, garçonetes com o típico vestido de babadinhos carregam até oito canecas de um litro de cerveja! Bandejas enormes, cheias de especialidades da Baviera, também circulam sob as cabeças dançantes nos salões.
Para dar conta do apetite dos milhões de visitantes, os números etílico-gastronômicos da Oktoberfest são grandiosos. Além dos 7 milhões de litros de cerveja, vão para a panela e para a brasa 500 mil frangos, 100 bois e 200 mil salsichas, usados em vários pratos da região. Para prová-los em grande estilo, vá à tenda Hippodrom, que também vende taças de vinho e champanhe – e até recebe, por incrível que pareça, uma missa católica durante os dias de bebedeira.
História
O evento que inspirou a grande festa de Blumenau teve início em outubro de 1810, quando o então rei bávaro Luís 1 (Ludwig I) casou-se com Tereza da Saxônia (Therese von Sachsen-Hildburghausen). Para comemorar a boda, foi organizada uma corrida de cavalos, seguida por uma festa pública que durou uma semana.
O sucesso do evento fez com que ele viesse a se repetir nos anos seguintes com a participação não apenas do povo da região, mas também de outros Estados da Confederação Germânica.
Aos poucos, a duração da festa começou a ser alongada. Mais que isso, as comemorações foram antecipadas em algumas semanas, a fim de caírem em dias mais quentes no Hemisfério Norte, pois em outubro, na Alemanha, já faz bastante frio.
É por isso que, a despeito do nome, a Oktoberfest realizada hoje em Munique ocorre quase que totalmente em setembro. A data varia conforme o ano e, para determinar o dia em que começa, é preciso pegar o primeiro domingo de outubro, que tradicionalmente indica o encerramento da festa, e contar 15 dias para trás. Assim, o início sempre ocorre em um sábado.
Este período só é alterado quando o primeiro domingo de outubro cai antes do dia 3. Isso porque, em 3 de outubro de 1990, a Alemanha foi reunificada. Dessa forma, caso o calendário aponte o domingo nos dias 1º ou 2 de outubro, a Oktoberfest é estendida até a segunda ou terça-feira, respectivamente, para unificar as comemorações.
No meio desse imbróglio de datas, o que importa é que, do grito de O’zapft is exclamado pelo prefeito até o final da festa, a capital bávara recebe turistas de todas as partes do mundo para celebrar uma das reuniões populares mais alegres do planeta. E pode colocar turistas nisso.
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Atualizada em: 10/02/2023