Além de Bora Bora- Conheça as incriveis ilha das Polinéisa Francesa
A maioria dos brasileiros que vai à Polinésia Francesa, no Pacífico Sul, concentra a viagem nas ilhas do Taiti, onde fica a capital Papeete, na vizinha Moorea e na esplendorosa Bora Bora. Mas a verdade é que há muitas ilhas diferentes para conhecer por lá, e considerando que a viagem é longa, vale a pena reservar mais tempo para explorar algumas delas.
Taiti, Moorea e Bora Bora ficam no arquipélago da Sociedade, mas vale a pena visitar ao menos outro conjunto de ilhas polinésias durante uma viagem pela região: Tuamotu. É ali, a uma hora de voo do Taiti, que ficam os principais atóis da região, como Rangiroa (um dos maiores do mundo), Fakarava (patrimônio mundial da Unesco pela farta vida marinha) e Tikehau, “a ilha dos 50 tons de azul”.
Rangiroa
Quem procura fugir do lugar comum na Polinésia pode ainda se hospedarpor alguns dias no atol de Rangiroa, a uma hora de voo do Taiti. Os hotéis e pequenas comunidades locais se espalham pelos motus da barreira coralínea que circunda uma lagoa com quase 80 km de largura, formando um visual único.
Algumas fendas que permitem o encontro da água do mar com a lagoa fazem da região um dos pontos de mergulho mais desejados do planeta. A passagem mais famosa é a de Tiputa, onde quem tem certificado de scuba dive é arrastado pela correnteza por cerca de 1 km em meio a uma rica fauna marinha. Em novembro e dezembro, golfinhos surgem por lá e acompanham os mergulhadores, permitindo até que se passe a mão neles, como cãezinhos domesticados.
O bom é que quem não mergulha também aproveita bem a viagem. Isso porque é possível observar o balé dos golfinhos em passeios de barco (com sorte, você verá cinco ou seis deles saltando ao mesmo tempo) e, próximo a Tiputa, fazer snorkeling em um aquário natural com milhares de peixes. Os cardumes são tão fartos que, ao saltar do barco, você terá a sensação de pular numa piscina de peixinhos coloridos. Os corais coloridos enfeitam as águas azuis e fazem a festa do visitante, que ainda tem o prazer, ao retornar à embarcação, de ouvir o guia tocar ukulele e contar boas histórias sobre a região.
Durante a temporada de golfinhos, quem se hospeda próximo a Tiputa pode ver os mamíferos saltando da sacada do quarto. O local oferece ainda uma das gastronomias mais refinadas do atol. Uma vez na região, também dá para fazer passeios em canoas típicas polinésias, as va’a, e tours pela lagoa, que também tem uma área chamada Blue Lagoon, onde é possível fazer snorkeling em meio a peixes e tartarugas entremeados por uma refeição típica preparada e servida em um motu.
Tikehau
Tikehau é um daqueles lugares que faz você ter vontade de largar tudo e viver ali, dormindo na rede e pescando o próprio peixe. Não é fácil contar os tons de azul no passeio de barco pela região, mas dá para ver o suficiente para se encantar para sempre. Os tours costumam incluir cinco paradas: mergulho com arraias manta, as maiores do mundo; na cênica Ilha dos Pássaros, com quatro espécies de aves que pouco se importam com a presença dos visitantes; no Éden, como eles chamam um pequeno motu em que desenvolveram estufas para cultivar uma horta orgânica; numa praia de areia rosa que, na verdade, é branca como qualquer outra; e finalmente numa ilhota onde é servido o almoço.
É nessa última que rola o momento mais especial, já que o barco fica atracado por cerca de três horas. Tempo suficiente para mergulhar, boiar, fazer fotos e, por que não, contar os tons de azul que se multiplicam feito grãos de areia. Aqui e ali, peixinhos aparecem em busca de alimentos, bem como pequenos tubarões. Algumas meninas europeias arriscam o topless. Há quem vá caminhar, aprender a abrir cocos ou nadar até o motu em frente para se estender na areia.
Huahine
Outra ilha que deve ser considerada na viagem à Polinésia Francesa é Huahine, que oferece boas ondas para os fãs de surfe, a exemplo de Fitii e Fare – mais tranquilas do que as de Teahupo’o, no Taiti, que abriga uma etapa do circuito mundial da modalidade e, pela grande quantidade de corais, é indicada apenas para profissionais.
Ali também dá para visitar a La Petite Ferme, onde são organizadas cavalgadas para explorar a ilha. O trajeto passa pela lagoa, pela montanha e por belas praias locais. O único problema é que Huahine não conta com grandes opções de hospedagem. Por isso, quem não abre mão de uma experiência luxuosa, tem como melhor opção a bela Tahaa.
A ilha, cercada por uma barreira de corais que forma uma linda lagoa azul e dá acesso de barco a Raiatea, local sagrado para os nativos por ser considerado o berço da civilização polinésia. Eis aí mais um lugar perfeito para você imergir na cultura polinésia, sentir o perfume da tiaré, escutar o som do ukulele e desfrutar do destino mais espetacular do mundo com mimos capazes de deixar até o poderoso chefão com inveja.
Atualizada em: 06/09/2024