Agitada e intensa, Bangkok é a porta de entrada da Tailândia
Pode ser culpa das muitas horas de voo, mas, independentemente disso, é difícil compreender Bangkok à primeira vista. Afinal, a capital da Tailândia, o único país do Sudeste Asiático que não foi colonizado por europeus, é um novelo de contradições entre o Ocidente o e Oriente, o caótico e o harmônico, o tradicional e o moderno, o religioso e o profano. Mas o melhor de tudo é que não faltam atrações por lá.
Segura, imensa e com uma energia toda própria, é o lugar ideal para começar a atinar a complexa identidade tailandesa, com seus sabores exacerbados e sua gente serena e gentil como Buda. Num mesmo dia você pode viver a experiência de passear por um exótico mercado de rua asiático e um shopping cheio de lojas grifes, andar de tuk-tuks a mil ou a bordo de um tecnológico sistema de trens suspensos e visitar uma galeria de arte antenadíssima e um templo do século 18.
Bangkok exige certa paciência, pois tem um clima quente que impera quase o ano todo, sem contar o trânsito ininterrupto. O Rio Chao Phraya, que corta a cidade, é o grande protagonista do cenário. Quem quiser pode pegar um barco para ver Bangkok de dentro d’água, sentar no píer para admirar o pôr do sol ou relaxar na piscina de algum hotel com vista para ele.
Grand Palace
A atração mais fantástica da cidade é, sem dúvida, o Grand Palace, no Centro Antigo: construída em 1782 e por 150 anos a residência do rei e a sede administrativa do governo tailandês, a edificação tem uma arquitetura absolutamente deslumbrante, com colunas douradas, mosaicos elaborados e grandes chedis (estruturas em forma de torre ou sino que guardam as relíquias do Buda).
O complexo é gigante e pede várias horas de exploração, mesmo porque ele engloba também o Wat Phra Kaew (Wat significa templo), que guarda o louvado Buda com olhos de esmeralda. E esse é só o primeiro dos templos opulentos que você vai ver neste país onde 95% da população é budista.
Wat Pho
Saindo de lá, passe no Wat Pho, que guarda um gigantesco Buda deitado com 46 metros de comprimento. De tão grande, ele parece quase apertado na construção principal, protegido por pilastras e paredes impecavelmente pintadas. Wat Ratchanatdaram Outro monumento religioso bonito é o Wat Ratchanatdaram, com um palácio com 36 metros de altura, 37 pináculos (que representam as virtudes para chegar à iluminação do budismo) e teto coberto por azulejos de bronze.
Dentro deles, onde você só é permitido se tiver ombros e joelhos cobertos e deixar os sapatos do lado de fora, comovem o silêncio e a devoção dos tailandeses. Se der sorte, vai pegar os horários do cântico uníssono dos monges.
Compras
Depois de conhecer o lado religioso, é hora de flertar com a face profana da capital tailandesa, mesmo porque é impossível não ceder aos estímulos consumistas de Bangkok. Nos fins de semana, rola uma experiência antropológica no Chatuchak, dito um dos maiores mercados do mundo.
Um labirinto de vielas com banquinhas que vendem de galinhas a artigos de cerâmicas, roupas, temperos, sapatos, toalhas de mesa, acessórios. Todos os sentidos são acionados ali, com as cores vibrantes dos objetos de decoração, o cheiro das especiarias, a textura dos tecidos, as músicas locais misturadas à falação dos turistas e os estandes de comida que convidam a provar sucos de pitaya e manga feitos na hora para amenizar o calor.
Para algo mais convencional (e menos muvucado), a região dos shoppings de Bangkok, nos arredores da Phayathai Road, tem as grifes presentes em qualquer boa metrópole. O Central Embassy Shopping Mall é o mais luxuoso deles: logo na entrada já estão Gucci, Prada, Versace, Chanel e Givenchy. E assim continua shopping adentro (são seis andares!), com Vivienne Westwood, Paul Smith e Michael Kors.
A ótima praça de alimentação tem restaurantes com várias receitas de comida tailandesa. O que é uma boa, pois ninguém sai do país sem pelo menos experimentar o clássico pad thai, feito com macarrão de arroz, ovo, broto de feijão, camarão, amendoim, limão e molho de tamarindo.
Gastronomia
A diversidade gastronômica em Bangkok é, aliás, uma de suas maiores virtudes. A nova seleção de chefs, locais e expatriados, preparam releituras da culinária tradicional e adicionam elementos vindos da Índia, Japão, Itália e França.
Chiang Mai
Além de Bangkok, o roteiro pelas cidades grandes da Tailândia pode passar por Chiang Mai, que fica a 600 km da capital e é a segunda maior metrópole do país. Chiang Mai é a capital espiritual do país e base para uma porção de passeios bate-volta. Depois de cursar seu centrinho, cheio de templos bacanas, é possível fazer um tour para conhecer o suntuoso templo branco da vizinha Chiang Rai e, quem sabe, um retiro de meditação.
Atualizada em: 06/10/2023