Por que a Cidade do Cabo é a queridinha dos viajantes na África do Sul

Adobe Stock: Camps Bay, Cidade do Cabo – Fivepointsix

Repleta de atrações, a Cidade do Cabo está mais para europeia do que africana – até no clima temperado, que garante a produção de vinhos excelentes nas vinícolas que circundam a zona urbana. Na arquitetura, o moderno divide espaço com casas em estilo vitoriano, igrejas neogóticas e mesquitas, revelando a mescla de cores e culturas que marcaram sua história.

Com um quê de Rio de Janeiro, com jovens praianos, bares lotados e uma vida ao ar livre radiante, a cidade é cheia de gente atlética passeando de bicicleta, correndo, tomando sol e caminhando nos calçadões. Tudo isso faz dela a queridinha dos brasileiros no país, e não é para menos.

Mas o que mais a deixa parecida com a Cidade Maravilhosa é a geografia que a forçou a espremer-se entre morros e praias. A montanha cartão-postal sul-africana é a Table Mountain, que está sempre enfeitando o horizonte com seu topo tão reto quanto o tampo de uma mesa.

Ninguém deixa de subir ao platô da montanha. Um bondinho elétrico leva ao alto, e uma forma estilosa de chegar ao bondinho é a bordo de um sidecar, sentindo a brisa da beira-mar no rosto. Seja qual for o meio de transporte, a paisagem é de encher os olhos. Reserve ao menos uma manhã ou tarde para curtir a Table Mountain com calma e fazer algumas fotos panorâmicas da Cidade do Cabo.

Adobe Stock: Cidade do Cabo – Shams Faraz Amir

Adobe Stock: Table Mountain, Cidade do Cabo – David

Victoria & Albert Waterfront

Junto à Table Mountain, disputa o posto de atração número 1 de Cidade do Cabo o Victoria & Albert Waterfront, antigo porto revitalizado que deu lugar a um centro com restaurantes, uma série de lojas de artesanato elegante e um grande shopping, perfeito para conhecer marcas locais e bisbilhotar grifes internacionais, a exemplo da Burberry, Jo Malone, Tom Ford, Coach e Jigsaw London.

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Adobe Stock: Table Mountain, Cidade do Cabo – Michaeljung

Cabo da Boa Esperança

Um dia inteiro no roteiro deve estar reservado para ir ao Cabo da Boa Esperança, a 70 km de Cidade do Cabo. É alcançado por uma das estradas mais cênicas do mundo: a Chapman’s Peak Drive, que ladeia os costões ao longo do Atlântico. Dá vontade de parar a cada curva para fotografar o visual, e, para não frustrar quem vem de tão longe, foram instalados alguns mirantes no acostamento.

No caminho está Hout Bay, de onde parte um ferry que em um passeio de 40 minutos, ida e volta, rodeia a ilha das focas, habitada não por três ou dez, mas por milhares desses bichinhos simpáticos e barulhentos.

E já que animais e praia são uma combinação inseparável neste roteiro pela África do Sul, um dos maiores símbolos dessa simbiose está em mais uma parada ao longo da Chapman’s Peak Drive: a Boulder’s Beach, praia que fica lotada de pinguins faça frio ou calor. Para preservar esses animais desengonçados, os visitantes não podem pisar na areia, mas caminham por uma passarela que segue pertinho das aves.

Pouco depois você já alcança o antigo Cabo das Tormentas, apelidado assim por Bartolomeu Dias quando chegou ali em 1488 na tentativa de alcançar as Índias. A região hoje é um parque nacional e parece estar tão preservada quanto há 600 anos. Essa impressão fica maior ainda quando babuínos e uma família de avestruzes que vive pela região resolve dar as boas-vindas passando calmamente através da janela dos automóveis, como um Zoo Safári (zoológico paulistano com acesso a carros) real.

O ponto mais famoso do parque é o morro Cape Point, onde se chega a pé ou em funicular. Fica próximo do encontro do Oceano Atlântico com o Índico, que naquela área ganham tom azul-esverdeado.

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Vinícolas

Não é nada prudente serpentear pelas curvas sinuosas da Chapman’s Peak e, no mesmo dia, degustar taças de vinho nas centenas de vinícolas próximas à Cidade do Cabo. Então, reserve outro dia inteiro para o tour pelas regiões vinícolas de Constantia, Franschhoek (famosa pela gastronomia francesa) e Stellenbosch.

Constantia, a meros 20 minutos da Cidade do Cabo, é onde vivem os empresários sul-africanos, em mansões do tamanho de hotéis. É lar da vinícola mais antiga, a Groot Constantia, fundada em 1685, lá nos tempos de Napoleão. Talvez por conta da história, ela é mais simples e campestre.

Já Stellenbosch, a uma hora de Cidade do Cabo, é endereço de 330 vinícolas. Uma sugestão ali é a Jordan, de clima bucólico e com um excelente restaurante envidraçado diante dos parreirais.

Outra vinícola que vale muito é a Delaire Graff, a mais luxuosa da região e passatempo do britânico Laurence Graff, proprietário de uma mina de diamantes. Ele plantou os parreirais diante de uma imensa montanha e dispôs ali diversas esculturas, jardins magníficos, um hotel Relais & Châteaux, recheado de obras de arte, e uma sede suntuosa.

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