Descubra a Tanzânia, a terra de O Rei Leão – Voupranos

Descubra a Tanzânia, a terra de O Rei Leão

Adobe Stock: Serengeti, Tanzânia – Tatyana_Drujinina

Do Parque Nacional do Serengueti às águas azuis do mar de Zanzibar, a Tanzânia é um país repleto de atrações e que oferece surpresas muito boas aos turistas. Para quem gosta de contato com a natureza, poucos lugares no mundo oferecem tantas experiências inesquecíveis.

Quase todo mundo começa a viagem por lá pelo Serengueti, um parque imenso que ocupa o norte do país e avança pela fronteira com o Quênia. É famoso por ser habitado por dois milhões de gnus (aquela espécie de boi barbudo que está no filme O Rei Leão), 300 mil zebras, 70 mil búfalos, 4 mil girafas, 2.700 elefantes e inúmeras espécies com população na casa dos milhares. É uma das grandes regiões de vida selvagem do planeta, onde você se sente um intruso no mundo onde os bichos vivem livremente.

O principal acesso ao Serengueti se dá por Arusha, de onde partem voos da Coastal Aviation para os dez “aeroportos” que existem na área do parque nacional – se é que dá para chamar de aeroporto modestas pistas de pouso em meio à savana.

Durante o voo, é incrível observar a paisagem: a savana, os rios e o Ngorongoro, a maior cratera de vulcão inativo do mundo. A impressão é que, de forma privilegiada, você está indo para um lugar isolado do mundo.

Adobe Stock: Serengeti National Park, Tanzânia – Delbars

Adobe Stock: Serengeti National Park, Tanzânia – Rarity Asset Club

Safáris

Seja qual for a região do Serengueti onde você estiver e a empresa que o acompanhar, a rotina de safáris será a mesma. Acordar quando o dia ainda nem raiou e embarcar nos jipes para um passeio de cerca de três horas e meia pela manhã.

Pode crer: vale bem a pena madrugar em plenas férias, pois é pela manhã que os animais estão mais ativos. É quando você verá leões comendo a caça, zebras pastando, famílias de elefantes passeando e girafas caminhando.

Depois do descanso à tarde, embalado pelo pio dos pássaros, o safári recomeça por volta das 16h. No fim do dia, hora de descanso dos animais, pode ser que você se encante com 15 filhotes de leões dormindo amontoados uns nos outros e um leopardo deitado tranquilão de barriga cheia entre os galhos de árvores.

Adobe Stock: Tanzânia – Rob Schultz

Adobe Stock: Tanzânia – Soft_light

A migração

Outro lugar que vale visitar é a região de Kogatende. Em meados de outubro, este é o melhor lugar, por exemplo, para testemunhar a migração de grandes grupos de gnus, zebras, girafas e gazelas.

Funciona assim: os bichos, aos milhares, ficam postados na margem esperando que um corajoso, enfim, dê o primeiro passo e enfrente os obstáculos na água, isto é, as pedras e os crocodilos. Quando o primeiro animal, geralmente o macho mais velho ou uma fêmea, toma a decisão, todos o seguem em debandada.

Adobe Stock: Serengeti National Park, Tânzania – Simon Dannhauer

Adobe Stock: Serengeti National Park, Tanzânia – Vaclav

Zanzibar

Um destino que não pode faltar na viagem à Tanzânia é Zanzibar. Só de ouvir esse nome muita gente lembra logo da música cantada pelo grupo A Cor do Som, venerando o mar azul da ilha. Ele vale mesmo a dedicatória. Com um tom azul-claro fosforescente, a água coloca as praias locais entre as mais belas da África.

O epicentro turístico são as praias Nungwi e Kendwa. Nungwi é a faixa de areia mais rústica e tranquila, onde estão desde os hostels e pousadinhas aos resorts com piscinas de borda infinita.

Nungwi é uma praia bem rudimentar, com uma das mais ecléticas faixas de areia: vacas se misturam a pescadores, alemãs vestidas a vontade, moradoras muçulmanas usando o hijab e homens da tribo masai com suas túnicas vermelhas.

Dali, vale a pena seguir para Kendwa, a Copacabana de Zanzibar. Se Nungwi é mais romântica, essa faixa de areia larga é o endereço da diversão e dos encontros. É onde masais e turistas jogam vôlei de praia, jet skis pontuam o mar e beach clubs tocam músicas em sofisticados lounges durante a tarde. À noite, a energia não cai: os bares organizam shows que fazem lotar as areias.

Em matéria de atração turística, ninguém deixa de dar uma volta na Stone Town (Cidade de Pedra), a cidade antiga de Zanzibar. O nome é bem mais poético e romântico do que o centro urbano apresenta: embora faça parte da lista de Patrimônios Culturais da Unesco, não está entre os mais bem cuidados da categoria.

Contudo, acumula uma história cativante. As vielas por onde é fácil se perder levam a construções dos séculos 18 e 19 que foram testemunhas do tempo em que Zanzibar era uma importante rota comercial.

Da época como base de mercadores árabes, Zanzibar ainda preserva o êxito na produção de especiarias. Por isso, um tour interessante é o que leva para conhecer as plantações. Neles, você observa bastante cúrcuma, folha da canela, às pimentas verdes, vermelhas, pretas e brancas, que tem inúmeros efeitos curativos.

Adobe Stock: Pemba Island, Tanzânia – Robin

Adobe Stock: Zanzibar, Tanzânia- Ievgen Skrypko

Quando ir

No Serengueti, a temperatura é bem agradável. Janeiro, setembro e outubro são os meses mais quentes, quando dificilmente o termômetro marca mais que 32 ºC. O mês mais frio é julho, com temperatura mínima é de 10 ºC. Para ver a migração, os animais se movem da região mais seca (no sul) para a mais úmida (no norte).

Os gnus dão à luz no Sudeste, entre dezembro e abril, seguem para o oeste, onde chegam por volta de junho e julho. Nessa época, você pode vê-los atravessando os rios Grumeti e Mara. Depois, seguem para o norte, onde há mais umidade e mais vegetação, ficando lá de agosto a outubro.

Em Zanzibar, não há variação da temperatura: faz calor o ano todo, com termômetros frequentemente batendo os 30 ºC. Evite o período das monções, com chuvas intensas em abril e maio. Independentemente da época, você nadará em um mar sempre quente: quando a água está mais fria, de julho a setembro, registra por volta de 25 ºC.

Adobe Stock: Zanzibar, Tanzânia – Gimsan

Publicado em: 12/05/2023
Atualizada em: 12/05/2023
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