A Praça da Liberdade e o circuito da arte de Belo Horizonte   – Voupranos

A Praça da Liberdade e o circuito da arte de Belo Horizonte  

Os prédios da Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, foram construídos no final do século 19 para abrigar a sede do governo e das secretarias estaduais. Em 2010, com a construção da Cidade Administrativa, um complexo maior e mais moderno, às margens da Rodovia Papa João Paulo II, os escritórios públicos foram transferidos e os antigos prédios de estilo neoclássico da Praça da Liberdade, tombados pelo patrimônio histórico, foram transformados em museus.

Palácio Liberdade – Foto: Editora Europa / Tales Azzi

São 16 deles no total e todos gratuitos, que formam um grande corredor de arte e cultura, que recebeu o nome de Circuito Liberdade. É o maior complexo cultural da América Latina. Conheça os principais museus do Circuito Liberdade:

Palácio da Liberdade – Inaugurado em 1898 para ser a sede do governo e residência oficial do governador, o casarão tem ares de palácio europeu, com escadarias em mármore, salões com afrescos nas paredes e grandes lustres de cristal. Cerâmicas chinesas e móveis franceses em estilo Luís XVI decoram os ambientes onde os governadores mineiros recebiam visitas ilustres de presidentes, reis e rainhas. Do balcão do segundo piso, tem-se uma visão de camarote da Praça da Liberdade e seu corredor central de palmeiras imperais.

Palácio Liberdade – Foto: Editora Europa / Tales Azzi

Memorial Minas Gerais – É administrado pela Vale e conta a história de Minas Gerais. Há salas dedicadas aos escritores mineiros, como Carlos Drumond de Andrade e Guimarães Rosa, e ao Ciclo do Ouro. Há espaços curiosos, como a sala sobre os fantasmas que assombram Belo Horizonte. Uma apresentação em audiovisual narra a história da Inconfidência Mineira de maneira leve e divertida.

Memorial Minas Gerais – Foto: Editora Europa / Tales Azzi

Centro Cultural Banco do Brasil – A escadaria em mármore branco e os vitrais coloridos no hall de entrada dão pompa ao prédio que serviu como secretaria de segurança pública de Minas Gerais. As salas, dispostas em três andares, exibem exposições permanentes com o mobiliário antigo e mostras temporárias focadas em pinturas e esculturas. As mostras de artes visuais mais importantes de Belo Horizonte costumam acontecer ali. O CCBB já recebeu obras de Mondrian, Candinski, Picasso, entre outros. No pátio interno funciona um agradável café.

Centro Cultural Banco do Brasil – Foto: Editora Europa / Tales Azzi

Palácio das Artes – É um dos maiores centros culturais da América Latina, inaugurado em 1971 em um edifício modernista projetado por Oscar Niemeyer e colado aos bosques do Parque Municipal. Conta com sete galerias, três teatros, cinema 3D e uma intensa programação de exposições de artes visuais, seminários de literatura, apresentações de dança, música e mostras de cinema. Destaque para o Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, palco de grandes óperas, companhias de balé internacionais e shows de músicos famosos, como BB King e Miles Davis. Já o cinema Humberto Mauro conta com uma plataforma de streaming gratuita para ver os filmes das mostras em cartaz: www.cinehumbertomauromais.com.br

Museu de Artes e Ofícios – Ocupa três andares do belo prédio da Estação Ferroviária Central, erguido em 1920 em estilo neoclássico. O acervo traz como tema o trabalho e os trabalhadores mineiros. As exposições exibem ferramentas e máquinas usadas por diversas profissões entre os séculos 18 e 20, entre elas: máquinas fotográficas lambe-lambe, teares, ferramentas de construção naval, objetos de metalurgia, carpintaria e sapataria.

Museu Histórico Abílio Barreto – Instalado em um casarão colonial do século 18, o mais antigo da cidade, com paredes de adobe e pisos de tábua corrida, tem acervo que conta a história de Belo Horizonte. Nos cômodos da casa há exposição de documentos históricos (como os projetos arquitetônicos dos primeiros casarões da cidade) e projeções audiovisuais com cenas urbanas do início do século 20. No jardim fica a exposição sobre os transportes, com destaque para o bondinho que circulou pela cidade até 1963 e a locomotiva do final do século 19 usada para transportar materiais de construção nas obras da capital mineira.

Centro Cultural Banco do Brasil – Foto: Editora Europa / Tales Azzi

 

Publicado em: 27/01/2023
Atualizada em: 30/01/2023
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