A história da Opera House, maior cartão-postal de Sydney
A Opera House, maior símbolo da Austrália, fica em Bennelong Point, no Porto de Sydney. Cartão-postal icônico de momentos como os fogos que celebram o Ano Novo e outros eventos locais, é o local mais visitado por turistas quando vão à cidade. Curiosamente, porém, a casa de espetáculos quase não saiu do papel. Ocorre que, quando seu projeto foi escolhido entre as 200 propostas apresentadas em 1957 pelos mais renomados arquitetos do mundo, a polêmica foi geral.
O traçado, que lembra uma fileira de velas brancas içadas ao vento, era arrojado demais. Por isso, precisou de 15 anos para ser executado. Tempo que o seu desiludido criador, o dinamarquês Joern Utzon, não conseguiu esperar: abandonou a obra, orçada em US$ 100 milhões, antes de vê-la concluída.
Marco geográfico
Mas assim que foi inaugurada pela rainha Elizabeth II, em 1973, a Casa da Ópera de Sydney calou a crítica e apagou qualquer vestígio de dúvida que os entusiastas podiam ter. Hoje, constitui um marco geográfico, na mais fiel acepção da palavra, que colocou todo o continente no mapa mundial.
Suas linhas futuristas eram até então inimagináveis para um edifício com a missão de servir de palco para óperas. Em vez de seguir a tendência tradicional das casas acústicas de até então, o projeto deu origem a uma estrutura de linhas curvas e proeminentes.
Eventos
E não é só a fachada que impressiona. Numerosas produções de música orquestrada, teatro, dança e, como não poderia deixar de ser, ópera são realizadas ali, no Opera Theater e no Concert Hall, ambos famosos por suas acústicas impecáveis. Esse último, com capacidade para 2.690 espectadores, ainda guarda o maior órgão mecânico do mundo, com 10 mil tubos.
Filmes, corais e até shows de rock completam a eclética programação. Espaço não falta para isso. A concha esférica, cortada ao meio e coberta por mais de 1 milhão de azulejos de granito branco vitrificado, abriga cerca de mil salas, incluindo cinco teatros, dois auditórios, cinco estúdios de ensaio, quatro restaurantes, seis bares e uma infinidades de lojas de suvenires. No total, a Opera House consome energia equivalente a uma cidade de 25 mil habitantes.
Visita
A casa é imbatível para assistir a um concerto gratuito aos domingos ou, simplesmente, para quem deseja tomar um café com a belíssima vista da Baía de Sydney à frente. O Bennelong Restaurant, situado em um dos espaços mais luxuosos da construção, oferece um menu requintado.
Completam a paisagem o histórico bairro The Rocks, que compõe a parte antiga da cidade, e o terminal marítimo de Sydney, batizado de Circular Quay, palco de performances de rua. É de lá que partem os ferries, táxis- barcos e cruzeiros para passeios ao longo da baía, tendo arranha-céus e, claro, a Opera House como testemunhas.
Atualizada em: 06/10/2023