5 atrações gratuitas para visitar em Brasília – Voupranos

5 atrações gratuitas para visitar em Brasília

Adobe Stock: Ponte JK – R.M. Nunes

Acordar cedo, tomar café da manhã em um aconchegante bistrô, conferir a lista de atividades do dia e partir para um tour por espaços públicos de arquitetura mundialmente consagrada, repletos de obras de arte. Engana-se quem pensa que esse tipo de roteiro é algo exclusivo de quem viaja por alguma cidade histórica da Europa. No coração do Brasil, a moderna capital federal, Brasília, oferece tudo isso e muito mais. E o que é melhor: as atrações são gratuitas.

Não à toa, a cidade é apontada por paisagistas, designers e artistas como um museu a céu aberto e um dos marcos da arquitetura urbana mais respeitados do planeta. Com prédios que conectam traços ousados a jardins exuberantes, Brasília encanta com fachadas monumentais e bem planejadas.

Adobe Stock: Brasília vista de cima – Bruno

Confira cinco destinos para você visitar quando estiver no Distrito Federal, todos eles ricos em cultura e encantadores para os olhos. Alguns têm tours guiados, enquanto em outros as pessoas ficam livres para permanecer o tempo que quiser. Todos, porém, garantem passeios que ajudam a entender um pouco mais a história do Brasil.

Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida

Em qualquer horário, há sempre pessoas fotografando a fachada da Catedral de Brasília. Os cliques se justificam: o projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer é inovador, singular e audaz. Há quem veja em suas formas referências a duas mãos estendidas num gesto de súplica. Outros asseguram que o formato se assemelha à coroa de espinhos de Cristo.

Adobe Stock: Catedral de Brasília – Rmcarvalhobsb

Mas o fato é que, por ser o primeiro monumento criado no Plano Piloto, com a pedra fundamental datada de 1958, ali Niemeyer deixou explícita a proposta de fazer de Brasília uma cidade sem igual no mundo. No interior da igreja, o espetáculo artístico prossegue. Com esculturas em bronze de Alfredo Ceschiatti, um vitral de 16 peças em fibra de vidro em tons de azul, verde, branco e marrom, projetado por Marianne Peretti, o altar vindo do Vaticano, doado pelo papa Paulo VI, e a via sacra assinada por Di Cavalcanti, a Catedral é parada essencial para contemplação.

Adobe Stock: Catedral de Brasilia – Travelview

Torre de TV

No alto do mirante da Torre de TV, o visual é de tirar o fôlego. À frente avista-se a Esplanada do Ministério num prisma que revela todo o seu esplendor, com o Lago Paranoá compondo o cenário. De um lado, está o Estádio Mané Garrincha, uma arena moderna, com pilares circulares e imponentes. Do outro, a vista alcança as árvores e ciclovias do Parque da Cidade, o maior parque urbano do mundo.

Adobe Stock: Torre de TV de Brasília ao pôr do sol – Diegograndi

Atrás, o visual é do Eixo Monumental, com destaque para o Memorial JK. Embaixo da Torre de TV, de quarta-feira a domingo, é realizada uma imensa feira de artesanatos, onde são vendidos todos os tipos possíveis de lembranças de Brasília. No local há também uma boa praça de alimentação, com comidas típicas nordestina, mineira, goiana e de outros locais do Brasil que ajudaram a construir a identidade candanga.

Adobe Stock: Chafariz da Torre de tv em Brasília – Jose Eduardo.

Museu do Catetinho

Uma casa simples de madeira, abafada, sem muito conforto, com portas apertadas e utensílios domésticos da década de 1950. Apesar de realista, esta descrição está longe de definir o encanto do Catetinho, também conhecido como Palácio de Tábuas. Localizado a 40 km do Plano Piloto, em Brasília, o local foi construído em apenas dez dias em 1956, por ordem do então presidente Juscelino Kubitschek, que desejava despachar e pernoitar na região durante suas vistorias à futura capital.

Com projeto de Niemeyer, o Catetinho foi a primeira residência oficial da Presidência no Distrito Federal. Ainda hoje, é possível ver no local as roupas que JK e sua esposa, dona Sarah, usaram na inauguração de Brasília. Também há fotos, objetos pessoais, alimentos enlatados e engarrafados (como cachaças que eram servidas em serestas promovidas pelo boêmio ex-presidente) e um clima que remete o visitante à aventura que foi a transferência da capital federal.

Divulgação: Museu do Catetinho.

Em frente da casa, a vegetação leva a uma fonte de água pura, que inspirou Vinícius de Moraes e Tom Jobim (hóspedes de JK) a comporem Água de beber. Conta-se que, numa madrugada qualquer, os músicos perguntaram para o vigia de onde vinha o barulho que ouviam. “Vocês não sabem não? Aqui tem água de beber, camará”, respondeu o guarda, sem imaginar que a frase seria eternizada na primeira música composta em Brasília.

Banco Central

Não é preciso ser especialista em economia para enxergar a importância que o Banco Central tem no dia-a-dia do país, regulando a política monetária e definindo taxas de juros e câmbio. Só por isso o local já valeria uma visita. Entretanto, o prédio também é uma atração de importância arquitetônica. Seu formato foi inspirado na moeda “dobrão”, que circulava no Brasil Império em 1725, na qual estava gravada a Cruz de Cristo. O arquiteto Hélio Ferreira Pinto modificou as pontas da haste da Cruz e deu ao edifício formas mais quadradas. Já as torres, que abrem espaço para os elevadores, são referências aos quatro cantos da Cruz.

Adobe Stock: Banco Central do Brasil – Adilson

O prédio abriga o Museu de Valores, com acesso gratuito e sem necessidade de agendamento. Seu acervo permite uma viagem pela história da circulação do dinheiro no Brasil. Estão expostas moedas, cédulas, barras de ouro, medalhas e papeis impressos, que serviam como dinheiro em diferentes épocas desde a colonização, revelando muito da identidade cultural brasileira. O Museu também expõe a história da extração do ouro no Brasil, com destaque para a maior pepita encontrada no país, em Serra Pelada, com 60,820 kg.

Adobe Stock: Banco Central do Brasil – Rmcarvalhobsb

Publicado em: 27/12/2024
Atualizada em: 26/12/2024
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