Entre geleiras e baleias: descubra o Alasca – Voupranos

Entre geleiras e baleias: descubra o Alasca

Adobe Stock: Geleiras, Alasca – MF

No Alasca, onde a natureza selvagem dita o ritmo da vida, ver baleias e geleiras é algo corriqueiro ao viajante. E é isso que faz do destino um dos mais especiais do planeta. Algumas das principais atrações locais podem ser visitadas a partir de Anchorage, a maior cidade da região, ou então de Juneau, a capital do estado americano.

De carro desde Anchorage, por exemplo, basta rodar pouco mais de duas horas até Seward, uma cidade com pouco mais de 3.000 habitantes que, no verão, vê este número quintuplicar em relação aos visitantes.

O caminho, por si só, já é uma maravilha. Boa parte dele margeia o Turnagain Arm, habitado por belugas que, feito marshmallows gigantes, exibem-se quando menos se espera. Dá para estacionar o automóvel nos mirantes e tirar fotos das encostas, bem como visitar lugares como o Chugach State Park, palco de geleiras e belos lagos.

É nesse trajeto também que fica o Alaska Wildlife Conservation Center, um refúgio de reabilitação de animais onde é possível ver ursos pretos e marrons, alces, bisões, lobos e coiotes, entre outros bichos.

Adobe Stock: Leões-marinhos, Alasca – Caleb Foster

Adobe Stock: Urso, Wildlife Conservation Center, Alasca – David Pastyka

Seward

Mas é em Seward, efetivamente, que está a cereja do bolo. Ali é possível embarcar em pequenos navios de cruzeiros que serpenteiam as águas dos fiordes do Kenai Fjords National Park, um dos mais visitados do Alasca.

Há binóculos a bordo, mas mesmo a olho nu é possível observar leões-marinhos, focas, lontras, águias, golfinhos e pássaros conhecidos como papagaio-do-mar. Orcas e outras espécies também costumam dar o ar da graça por lá.

O auge do passeio, no entanto, é a aproximação da geleira Aialik. Enorme, ela se perde de vista e, após estrondos semelhantes a trovões, desprende enormes blocos de gelo na água. A embarcação fica ali por longos minutos, nos quais todo mundo se espreme no deque para fazer os melhores cliques.

Adobe Stock: Marina em Seward, Alasca – Tom

Adobe Stock: Alasca – Jody

Denali National Park

Cerca de quatro horas de carro separam Anchorage do centro de visitantes do Denali National Park, outra área verde exuberante do estado. O local ganhou fama após a saga de Christopher McCandless, retratada em livro e no filme Na Natureza Selvagem, dirigido por Sean Penn.

Após abandonar o emprego e questionar o sistema, o aventureiro fez uma viagem solitária pelos Estados Unidos até adentrar a trilha Stampede Trail, uma rodovia rudimentar que funcionou até a década de 1960, próxima à entrada do parque, mas foi abandonada por conta do penoso trajeto, muito afetado por enchentes e pela neve.

Ali, McCandless não previu o aumento das águas do Rio Teklanika e, conforme sugerido em um diário que preencheu na contracapa de vários livros, ficou ilhado, o que o levou a morrer de fome ou, possivelmente, envenenado por alguma raiz selvagem.

Adobe Stock: Denali National Park, Alasca – Av8erPhotography

Adobe Stock: Mount Denali, Alasca – Martin Capek

Durante sua jornada pelo Alasca, o rapaz viveu no Magic Bus (na verdade, o Fairbanks City Transit System Bus 142, usado para transportar operários de Fairbanks, a cidade mais próxima, durante uma tentativa mal sucedida de pavimentar a estrada). A trilha que leva até a carcaça do veículo é fechada hoje em dia para turistas, uma vez que é bastante perigosa.

Mais seguro é ver a réplica do veículo usada nas gravações do filme, que fica no pátio da cervejaria 49th State Brewing Company, no pequeno vilarejo de Healy, cerca de 20 minutos de carro ao norte da entrada do Denali.

Outro lugar que vale a visita é Talkeetna, cidade turística que fica no meio do caminho entre Anchorage e a região e que, por protesto dos cidadãos, já teve até um gato eleito como prefeito (infelizmente, não deixaram o pequeno Stubbs exercer seu mandato). É dali que partem aviões rumo ao Denali, o pico mais alto dos Estados Unidos, com 6.190 metros.

Há roteiros de uma a duas horas. Mais do que ver o monte de per8to, o grande barato é que, no meio do trajeto, rola um pouso na neve, o que permite aos passageiros caminhar em geleiras por alguns minutos.

Adobe Stock: Denali National Park, Alasca – Lukas

Adobe Stock: Denali, Alasca – Evenfh

Ursos polares

Há tours exclusivos para ver ursos polares no Alasca. Os passeios duram o dia todo e partem da cidade de Fairbanks (cerca de 6 horas de carro ao norte de Anchorage) nas primeiras horas da manhã.

Grupos de, no máximo, nove pessoas, sobrevoam as Cordilheiras Brooks em direção a alguns dos refúgios mais remotos do estado, como o Arctic National Wildlife Refuge e Deadhorse, no Mar Beaufort.

Ali, no Oceano Ártico, pequenos barcos são conduzidos por guias especializados em meio a blocos de gelo com destino às ilhotas onde vivem entre 20 a 60 ursos polares. Às vezes, é até possível ver ossos gigantes de baleias recém-roídos pelos gigantes brancos. Este passeio fica disponível em meados de agosto e setembro.

Adobe Stock: Ursos Polares, Kaktovic, Alasca – Howie Garber/Danita Delimont

Adobe Stock: Ursos Polares, Kaktovic, Alasca – Howie Garber/Danita Delimont

Aurora boreal

Se o verão é a melhor época para ver animais no Alasca, o inverno e os curtíssimos outono e primavera são indicados para quem está atrás da aurora boreal. Dá para observá-la até mesmo em Anchorage, embora cidades mais ao norte, como Fairbanks e North Pole (pois é, há um lugar chamado Polo Norte por lá, com a casa do Papai Noel e tudo) sejam mais indicadas.

Adobe Stock: Aurora Boreal, Alasca – Elizabeth

Adobe Stock: Aurora Boreal, Alasca – Stuart Westmorland/Danita Delimont

Publicado em: 26/05/2023
Atualizada em: 26/05/2023
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